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Custos

Aumento do gás pressiona custos da indústria, diz Fiesc

"Isso desmotiva o empresário, inibe investimentos, e penaliza a sociedade, pois os preços dos produtos sobem para o consumidor", afirma líder empresarial

Após o anúncio de que o gás natural vai subir 11,63% para o setor industrial em Santa Catarina, os empresários do setor manifestaram preocupação com o aumento de custos acumulados ao longo de 2018. Em julho, o insumo para consumidores industriais já sofrera reajuste de 26% e em abril de 6,98%. O novo reajuste, que passará a valer em outubro, foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) para compensar as oscilações do dólar, componente fundamental na aquisição do gás. 

Para a Federação das Indústrias da Estado de Santa Catarina (Fiesc), o aumento pressiona as empresas do setor. "O gás é um dos principais componentes na composição de custos de diversos segmentos industriais, especialmente do cerâmico. A nova alta eleva fortemente os custos de produção da indústria e é ainda mais impactante porque em agosto também a energia elétrica teve elevação de 15%", disse o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar.  "Isso desmotiva o empresário, inibe investimentos, cria insegurança e penaliza a sociedade, pois os preços dos produtos sobem para o consumidor", completa.

Ele lembra que o indicador de custos industriais cresceu 3,7% no segundo trimestre de 2018 na comparação com o primeiro trimestre, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2015, conforme pesquisa da CNI. "São quatro altas no componente energia, que ocorrem num cenário de desvalorização do real (que pressiona o custos dos insumos importados), aumento do preço do frete, do óleo combustível, sem contar uma série de desafios que a indústria enfrenta no mercado internacional", diz. "Com tudo isso e a instabilidade política, cria-se um ambiente que ameaça o crescimento da economia", completa. 

Além da indústria, a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) vai operar um novo preço nos segmentos automobilísticos (+12,09%), do comércio (+7,48%) e residencial (+5,83%).

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