Marcelo Lago : Tecnólogo em Saneamento Ambiental Pela Unoesc- Videira -SC. marcelotsa@yahoo.com.br

Dia dois de fevereiro de 2007, a humanidade recebeu a intimação. O IPCC (sigla em inglês) do Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas, órgão estabelecido pela Organização das Nações Unidas (O.N.U.) e pela Organização Metereológica Mundial (OM.M.) em 1988, no seu relatório de número quatro afirma com 90% de certeza que a humanidade tem influenciado as alterações metereológicas devido a emissão  de carbono na atmosfera que causam o efeito estufa.

Os raios solares que incidem sobre a superfície do planeta a maior parte deles são refletidos para o espaço em forma de radiação infravermelha, calor, alguns são ?barrados? pela fina camada de gases da atmosfera de volta para a superfície mantendo a terra aquecida. Estamos falando de normalidades. Porém nos últimos tempos essa camada vem se tornando mais espessa, refletindo de forma considerável os raios solares aquecendo em demasia o planeta. Essa é a explicação clássica do efeito estufa, sendo os gases, dióxido de carbono, metano, óxidos de enxofre, nitrogênio e outros. Porém em maior quantidade o CO_2, ou dióxido de carbônico, proveniente principalmente no Brasil, das queimadas em florestas, também o uso de petróleo, carvão mineral e decomposição da matéria orgânica .

A problemática começou a ser discutida em 1972 em Estocolmo na Suécia, em 1992 o mundo se volta para o Rio de janeiro na Eco-92, em pauta a ?Agenda 21?, desenvolvimento com sustentabilidade e 1998 em Kioto no Japão, foi estabelecido um acordo entre os paises sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa, chamado ?Protocolo de Kioto?, no qual os paises membros se responsabilizariam na redução das emissões em 5% comparados aos níveis de 1990 até o ano de 2012, ratificado pela sua maioria, com exceção dos Estados Unidos e Austrália, ironia do destino, os EUA esta na rota dos furacões e isso não é nada engraçado, pois os habitantes daquele país não têm culpa das decisões de seus governantes. Esses países são responsáveis por mais de 30% destes poluentes, a não adesão é justificado por eles, alegando prejuízos ao desenvolvimento econômico.

Mas não vamos nos eximir de nossas responsabilidades individuais, somos peças de uma máquina que segue sua derradeira busca pelo ter. Estamos criando épocas difíceis, de racionamento, sofrimento e extinções.  Vamos mudar os fatos. Esta em nossas mãos a responsabilidade de consertar os erros do passado . Oxalá se ainda tivermos esse privilégio e tempo para tal, ou carregaremos a culpa por impossibilitar que as gerações futuras possam satisfazer suas necessidades.