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Crônica

Paulo Ricardo de Almeida

Dia 29 de julho de 2006, um dia muito triste para todos nós, familiares e amigos de PAULO RICARDO DE ALMEIDA.

Eu, Gertrudes de Almeida, sinto como se tivesse perdido um pedaço de mim, meu filho amado, o qual por vezes, penso estar viajando e espero retornar, tamanha a falta que me faz. Meu coração às vezes acredita que o que me restou foram as lembranças e a imensa saudade que ele deixou a todos nós. Meu filho Paulo, tinha muitos amigos, pois com seu jeito meigo, carinhoso e humilde cativava todos os que estavam ao seu lado.

Gostava muito das pessoas idosas e tinha uma grande admiração por elas, tratava as com educação, por isso seu ?avozinho?, meu querido pai, tanto lhe amava, Seu Vitoriano, que também partiu desta vida e hoje tenho plena certeza de que você, PAULO, descansa nos braços de seu amado avô.

Paulinho, como todos o chamavam, não tinha mágoas de ninguém, nem inveja, não gostava de confusões e brigas.

Esperei pela justiça, assim como uma mãe espera o nascimento de seu filho, com fé, com esperança, com paciência, pois mesmo que não haja justiça dos homens, certamente haverá a justiça de Deus, porque só ele é capaz de julgar e condenar. É só Deus que teve seu filho Jesus, torturado e morto numa cruz é capaz de entender o que leva um homem a tirar a vida de outro homem.

Paulo Ricardo de Almeida, um rapaz de 25 anos, no auge de sua juventude, que deixou sua família e seu filhinho de apenas seis anos, assassinado brutalmente, sem ter a chance de defesa ou de fuga.

Encerro esta crônica com estas palavras que alentam a minha dor: A vida é cheia de oportunidades, algumas boas, outras ruins, por isso devemos saber escolher. Meu filho PAULO, sempre lutou pelos seus sonhos, e realizou muitas escolhas, nem sempre conseguiu tudo o que esperava, mas se pudesse ter escolhido, certamente escolheria a vida, pois sei que meu filho, jamais desistiu de viver, apenas aceitou passivamente a sua própria morte.

Esteja onde estiver, saiba que sentimos muito a sua falta e desejamos que esteja em paz.

Essas são as palavras da sua mãe Gertrudes de Almeida que muito te ama e jamais vai te esquecer.

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