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Coluna política do Severino

Colunista: Severino Lavandoscki

Será que a mentira tornou-se verdade? Que o amor é ódio? - Na semana que passou fomos bombardeados não apenas pela proposta do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, exortando os países da América Latina a considerarem as Farc colombianas parte integrante do sistema democrático do continente. O que assusta a nós brasileiros, é a dúvida, que se verifica em muitos setores políticos nacionais, inclusive parte do PT, no sentido de achar válido o raciocínio de que aquele grupo de seqüestradores, terroristas e traficantes empenhados em combater as forças da lei possa ser incorporado ao jogo institucional a tanto custo praticado na comunidade latino-americana. Realmente, estamos próximos de uma situação em que a mentira se torne verdade, e o amor é ódio...

 

Aécio contraria a direção nacional dos tucanos - A candidatura do ex-governador paulista Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo conta com apoio de peso dentro do PSDB: do governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Potencial candidato à Presidência da República, disputando com o governador de São Paulo, José Serra, o direito de representar o PSDB na corrida de 2010 -, Aécio tem repetido que a candidatura de Alckmin seria estratégica para o PSDB. Aécio é contra um acordo que assegure o apoio do PSDB à reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Acordo este que estaria sendo costurado por José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o atual Presidente do Diretório Nacional. Aécio quer quebrar hegemonia paulista pró Serra na disputa para presidência.

 

Uma viagem de que? - Não quero aqui questionar a ida de Lula à Guatemala, para prestigiar a posse do novo presidente daquele país, ou, muito menos, a esticada em Cuba para encontrar-se com Fidel Castro. Afinal, a identidade entre eles pode não ser a economia, mas é indiscutível que passa pelas praças públicas do populismo. O que não dá para entender é a composição da comitiva que acompanha o chefe do governo brasileiro. O chanceler Celso Amorim, tem lugar cativo, mas o que dizer dos ministros do Desenvolvimento Industrial, Miguel Jorge, da Saúde, José Gomes Temporão, e da Educação, Fernando Haddad? E de mais uma turma de turistas?

 

Faça o que o eu digo, mas... - No momento em que a ordem do governo federal é apertar o cinto dos gastos do Orçamento com custeio e viagens para compensar a perda da CPMF, a Presidência tomou o caminho inverso no que se refere ao conforto em seus aviões. O contrato com uma empresa privada para fornecimento de alimentação para as aeronaves presidenciais acaba de ter um aumento de 14,87%, já descontada a inflação de 2007. Passou de R$ 1,5 milhão para R$ 1,8 milhão, segundo o "Diário Oficial" da União de ontem.

 

Não ao aumento de impostos - O governo quer recriar a CPMF com alíquota de 0,20% e toda a arrecadação destinada para o financiamento da saúde pública. Só o Governo não vê que a sociedade não suporta mais novos impostos e, conseqüentemente, o aumento da carga tributária. Os partidos de oposição devem formar uma corrente solidária para repudiar qualquer aumento de impostos. Resta saber se os governadores oposicionistas vão concordar com esta corrente.

 

O prestigio de vagabundos - Para acompanhar o depoimento de testemunhas de acusação num dos processos a que responde, o traficante Fernandinho Beira-Mar fez ontem sua 19ª visita ao Rio desde que foi preso em 2000. Cada deslocamento do bandido, que está preso em Campo Grande (MS), custa R$ 50 mil. Além do risco que representam, suas viagens já consumiram mais de um milhão. O STF garantiu-lhe o direito de estar presente nas audiências. Uma bala perdida faria um bem danado a Nação.

 

A fraude dos selos - Os deputados estaduais Kahlil Sehbe (PDT) e Paulo Brum (PSDB) serão indiciados por peculato, formação de quadrilha e uso de documentos falsos no inquérito que investiga a fraude que desviou R$ 3 milhões da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul para a compra irregular de selos.

 

A tesoura não atinge a casa do dono - Os cortes no orçamento não devem atingir a reforma do Planalto, cujo projeto foi contratado ao escritório de Oscar Niemeyer por R$ 1 milhão. A reforma da residência oficial do presidente, o Palácio Alvorada, consumiu R$ 18,4 milhões, assumidos por 20 empresas. Já as obras no Planalto, provavelmente ainda mais caras, poderão ser pagas pelo contribuinte. A tesoura só corta na Saúde, educação e...

 

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