Capinzal avança no planejamento turístico em parceria com Sebrae e entidades locais |
Bom Jardineiro não poda exagaradamente
MARCOS ZANARDO ? Empresário ? Vice-Prefeito de Joaçaba
Participando, 5ª feira, de uma reunião de pais ,no colégio Superativo, onde estuda minha filha, Rafaella, enquanto a orientadora falava , eu pensava: nascemos e morremos acompanhados de um instrumento de avaliação. Somos constantemente avaliados, reavaliados, autoavaliados, através de incontáveis maneiras e diferentes contextos. Historicamente, o primeiro sistema avaliativo foi proposto por Sócrates, através de seu famoso lema \"conhece-te a ti mesmo\", sua instrução formou-se, sobretudo, através da reflexão pessoal. A filosofia socrática não impunha o conhecimento ao discípulo, mas auxiliava-o a trazê-lo à tona, através da formação autônoma da pessoa, baseado, fundamentalmente, no auto-conhecimento.
Hoje constato um resgate daquele tempo.
Houve uma época em que a avaliação era executada exclusivamente por um ?exame?. Ninguém conhecia nada além das ?provas?. Eu peguei um ensino diferenciado, mas constato que o modo em que minha filha está sendo preparada para avaliar e sendo avaliada , não é nem um pouco igual ao meu.
Gostei da comparação de que a criança não pode ser uma arvorezinha daquelas japonesas : um bonsai. Onde de tanto ser moldada ela acaba tomando a forma do moldador e não a sua própria. Nem uma coisa nem outra. Há que se ter limites.
A grande maioria das crianças de hoje não quer limites e, na maioria das vezes, elas se sentem negligenciadas e sem carinho dos pais. Daí a importância de escolas parceiras e pais presentes. Estes muitas vezes não podem lidar com os filhos e delegam esta responsabilidade à terceiros, que podem ser babás, empregadas, ou simplesmente colégios, que devem ser enxergados sempre como auxiliares e não substitutos da educação paterna. Aí as conseqüências são desastrosas. Não é raro na imprensa falada e escrita, matérias sobre surtos de violência que tem ocorrido nos colégios, em diversos países do mundo, inclusive no Brasil. Esta violência gratuita, geralmente, tem sido praticada por crianças excessivamente agressivas, contra seus colegas, sem que hajam motivos aparentes ; na maioria das vezes a questão ´?era? simples. Teria sido simples mas tomou proporções exageradas. Houve liberdade demais e atenção de menos. A criança que é criada com tapas e castigos o tempo todo, torna-se agressiva, em represália. Ela precisa não só de um ambiente sadio, mas também saber que é amada, ser criada por pais equilibrados emocionalmente e que não lhes dêem mensagens com um duplo significado. É importante haver incentivos positivos, isto é, elogios que enalteçam as crianças quando elas fazem as coisas de uma forma bem feita. Em resumo, a criança precisa saber que é amada e que os pais se importam e se interessam por ela. E mais importante ainda é que família X escola hajam em perfeita sintonia.
MARCOS ZANARDO ? Empresário ? Vice-Prefeito de Joaçaba
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