Agentes de saúde de Piratuba recebem capacitação sobre o Setembro Amarelo
Capacitação
No mês passado, a psicóloga Ivana Roberta Kipper ministrou palestra para as agentes comunitárias de saúde de Piratuba sobre o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. O tema da palestra foi "Falar é a melhor solução". Durante este mês, nas visitas que as agentes fazem a domicílio, estão sendo entregue folders que informam sobre a campanha.
A Secretaria Municipal de Saúde também confeccionou banners, que foram instalados dentro e em frente da Unidade Básica de Saúde (UBS). Além disso, um vídeo motivacional está sendo exibido na sala de espera da UBS, com um trecho do filme "O vendedor de sonhos", sobre o assunto.
De acordo com o secretário da pasta, Vanderlei Webber, o objetivo da campanha é alertar a população do município de Piratuba sobre as formas de prevenir o suicídio. "No final do mês, nossas agentes de saúde trarão dados referentes ao número de visitas realizadas, assim como os casos de depressão identificados para que possamos fazer o acompanhamento destes pacientes e encaminhamento para tratamento", explica Weber.
Dados estatísticos
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo uma pessoa se suicida a cada 40 segundos. O suicídio está entre as dez causas de morte mais frequente em todas as idades e é a 3ª causa de morte de pessoas com idades entre 15 e 35 anos, sendo que este índice vem aumentando nesta faixa etária. "É importante frisar que existem dez tentativas para cada ato consumado", observa a psicóloga Ivana Roberta Kipper.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, entre 2011 e 2016, ocorreram 62.904 mortes por suicídio. O índice é maior entre os homens (79%). Na comparação raça/cor, a taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que a registrada entre brancos (5,9) e negros (4,7).
Entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, esquizofrenia, alcoolismo, questões sociodemográficas como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes, e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dores crônicas e neoplasias malignas. No entanto, tais aspectos não podem ser considerados de modo isolado e cada caso deve ser tratado no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme um projeto terapêutico individual. " E jamais devemos subestimar o poder de uma simples conversa", alerta Ivana.
Elisângela Pezzutti - Ascom/Prefeitura Municipal de Piratuba
Fotos: Divulgação
Deixe seu comentário