Costa (1999) sustenta que as formas de aprendizado artístico são essenciais, não só para o desenvolvimento pessoal do próprio artista, como para o próprio processo de renovação da arte.

Entrementes em que a educação artística consagra e difunde determinados princípios, promove o debate, a experimentação e a crítica de onde surgem propostas de renovação.

Entrementes em que o próprio artista necessita de um aprendizado para melhor desenvolver suas habilidades, para produzir uma arte integrada ao seu tempo, não é menos verdade que também o público, para participar desse processo, precisa ser adequadamente informado.

 Por conseguinte, constituindo a escola um local que pretende informar, o educador necessita estar adequadamente preparado para poder propor ao aluno o aprendizado sobre a arte.

É por meio da educação voltada para a arte que o educador desenvolve sua sensibilidade e pode estar em sintonia com a arte e os critérios de julgamento artístico.

O gosto por determinada forma de arte exige informação e até mesmo treinamento. Em outras palavras, o educador precisa aprender a ver e ouvir, a entender as formas de representação, a decifrar as mensagens para poder se emocionar com elas.

De acordo com Costa (1999), todos nascem dotados da sensibilidade e da capacidade de fruição estética, mas é necessário ajustá-las à produção artística com a qual se entra em contato. É impossível admirar-se com a arte sem entendê-la previamente.

Dessarte, propõe-se alguns questionamentos:

Como podem os educadores promover o ensino da arte perante seus alunos se eles próprios não tiveram uma formação voltada para o reconhecimento da importância da arte?

Se eles mesmos não desenvolveram o gosto pela arte e a sensibilidade ou percepção estética?

Como é possível que o educador pretenda que seu aluno deixe de ser um observador passivo para se tornar um expectador crítico, participante e exigente no que tange à arte, se ele próprio não o é?

É importante ressaltar que a mais simples leitura de uma obra de arte, por exemplo, permite uma verdadeira apreciação estética, porém, a partir de informações mais completas, abre-se um enorme leque de possibilidades de contemplação.

A cada nova informação, a sensibilidade se aprimora tornando a pessoa cada vez mais apta a uma completa fruição estética.

Outro ponto referente à importância da arte no contexto da formação do educador refere-se ao desenvolvimento da criatividade. O educador necessita ser criativo para saber lidar com as mais diversas situações que se lhe impõem diariamente no contexto escolar.