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?ENTRE ASPAS? Aliny Wilbert Lamb.

Opinião

     ?ENTRE ASPAS? Aliny Wilbert Lamb.

 

     Olá, queridos leitores do JORNAL O TEMPO, a partir de hoje estarei sempre aqui para compartilhar com vocês matérias interessantes, textos que valem a pena ler, ou apenas um simples ?entre aspas? que fará você pensar.

Pensei bastante no que iria trazer a vocês, na minha primeira matéria, algo que pudesse interessar a todos, então foi quando lembrei de meu avô, e de um texto que havia feito sobre ele há algum tempo, com algumas adaptações trago até vocês a lembrança de um cara que já se foi, mas, que permanece vivo, na memória daqueles que o conheceram.

 

Darcy Wilbert

 

?Este texto é sobre ninguém, meu avô não foi ninguém. No entanto, que grande homem ele foi para mim. Meu avô não era ninguém, mas nunca houve ninguém como ele.?               (Arnaldo Jabor)

 

Aliny Wilbert

 

Sempre quieto, como os amigos mesmo costumavam dizer, ?na dele?, sempre nos impressionou com seus gestos elegantes e a maneira com que costumou encarar a vida...

Tomava seus ?wiskys?, fumando seu ?Charme? de maneira que ninguém deixava de reparar.

Sempre calado, observava tudo e a todos, raramente manifestava-se, somente quando muito à vontade.

Alto, magro, narinas largas, olhos atentos, percebia logo quando algo era ?treta?, o seu carisma, o cheirinho e o sabor de seus quitutes conseguiam reunir as pessoas de quem mais gostava.

Sem mencionar o pala e o chapéu, suas marcas pessoais, parece até que faziam parte de sua personalidade.

E os carros de corrida? As pescarias? As caçadas? O quatrilho? Não era desportista, mas sem dúvida foi um grande admirador.

Padeiro, comerciante e dono de restaurante, já fez um pouco de cada coisa nessa vida, e foi simples, porque sabia que ali estava a grande recompensa.

Cavalheiro, elegante, educado, valente, tenho certeza que é desta maneira que gostaria que alguém o descrevesse.

Camisa, jeans e chinelo, aventureiro, e acima de tudo apaixonado pela sua família.

Porém... Como a vida nos prega algumas peças, este homem alto, magro, de narinas largas que gostava de pescaria, foi nos tomado tão depressa sem que pudéssemos ao menos nos despedir.

Mas sabemos que foram 59 anos bem vividos, 38 destes adotado como filho desta terra. Aqui conquistou amizades verdadeiras, construiu à base para sua família, e deixou marcas, que jamais serão esquecidas por ninguém.

 

 

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