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$1 na NASA vira $10 na economia

  • - Mario Eugenio Saturno

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Todos os países continentais investem pesadamente no espaço... Exceto o Brasil! E muitos outros que não são continentais também investem muito em tecnologia e ciência espacial... Até a Argentina investe mais que o Brasil... E veja-se que estão em crise pior faz muito tempo. Por que será que tantos países investem tanto no espaço, menos o Brasil? Bem, o nosso país consegue a proeza de investir menos e mal, a Alcântara Cyclone Space está aí para provar. Será que a NASA explica?

 

Um estudo de 2002 do professor H. R. Hertzfeld, da Universidade George Washington, mostrou como a NASA, Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, ajuda a economia. Ele observou um retorno significativo para empresas que trabalham com a NASA em seus contratos de pesquisa. As 15 empresas estudadas receberam US$ 1,5 bilhão em benefícios depois que NASA um investiu nelas US$ 64 milhões para utilizarem em pesquisa e desenvolvimento.

 

Em 2005, a Fundação Espacial estimou que as atividades relacionadas ao espaço contribuíram com US$ 180 bilhões para a economia. E mais de 60% desse total veio de bens e serviços comerciais criados por empresas relacionadas à tecnologia espacial. A economia espacial inclui produtos e serviços de espaço comercial, incluindo infra-estrutura comercial e indústrias de suporte.

 

A economia espacial também inclui orçamentos espaciais do governo dos EUA fora da NASA. Entre eles, o Departamento de Defesa, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, Departamento de Energia, Administração Federal da Aviação e Fundação Nacional de Ciências.

 

Os cálculos feitos mostram que cada dólar gasto com a NASA é um catalisador de dez em benefícios econômicos. A NASA está em uma posição única para fornecer algumas das inovações tecnológicas que impulsionam a economia espacial e que trazem muitos bens e serviços, como satélites meteorológicos e de comunicação que permitiu os caixas eletrônicos via satélite. E ainda o GPS, que foi desenvolvido pela Força Aérea para aplicações militares.

 

Outras tecnologias desenvolvidas para explorar o espaço são agora usadas para aumentar o rendimento das culturas ou procurar boas regiões pesqueiras. Desde 1976, a NASA criou 1.400 invenções que depois se tornaram produtos ou serviços. Estes incluem máquinas de diálise renal, tomografia e até alimentos liofilizados.

 

O orçamento da NASA para o ano fiscal de 2019 é de US$ 19,5 bilhões ou 0,44% do orçamento federal que é de US$ 4,4 trilhões, pouco mais que nos anos anteriores. O governo dos EUA financia a NASA usando receita proveniente dos impostos de renda e corporativos, principalmente. Por tudo o que faz, a NASA recebe pouco, veja-se que o Departamento de Defesa receberá quase US$ 600 bilhões, ou 13% do total.

 

O governo federal planeja incentivar parcerias público-privadas. O orçamento oferece incentivos para as empresas se associarem ao governo em operações de estações espaciais, exploração do espaço profundo e pequenos grupos de satélites, como o programa de US$ 150 milhões para o desenvolvimento privado de missões de órbita baixa da Terra. Será que inspirou algum senador ou deputado?

 

 

 

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