Por Luiz Carlos Amorim

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Por Luiz Carlos Amorim

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, Editor e revisor - Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

A primavera chegou no Brasil e tudo floresce, até os pés de silva, com suas flores tão simples, despidas de core, mas festivas. Aqui na Europa, mais exatamente em Portugal, é o tempo do outono. E as folhas do plátano estão ficando douradas e forrando nossos caminhos, nossas calçadas, tornando mais bonito e mais sonoro o chão para os caminhantes das ruas de nossa Lisboa, da luz única e da cumplicidade do sol com o Tejo.

O outono chegou, com a vindima, e depois dela, depois da colheita da uva, as folhas das vinhas ficam um degradê de core, um misto de amarelo, alaranjado, vermelho, marron, etc. que é uma beleza só.

Finalmente chega o outono e com ele vem um tempo mais temperado, afinal estamos entrando na meia-estação. Agora, poderemos nos vestir melhor, poderemos fazer atividades várias sem suar, sem precisar estar ligando ventiladores, condicionadores de ar, etc. Começamos a nos preparar para o frio do final do ano e gosto dele, pois é um frio seco e as pessoas ficam mais elegantes com roupas de inverno.

As árvores, algumas delas, já estão a perder as folhas, a paisagem não será tão bonita como na primavera, mas temos aqui os plátanos e, como já disse, eles ficam lindos nessa época. Aqui não temos a quaresmeira, nem o ipê, como no outono do Brasil, mas temos a primavera, o medronheiro e tantas outras. E dá-se uma passagem do outono para o inverno da maneira mais bela possível. Quem disse que o outono não é estação de cores?

Então, seja bem-vindo, outono, com clima mais aconchegantes, com menos seca e com um pouquinho mais de chuva, com clima bom para aproximar mais as pessoas. Noites mais frescas, boas para reuniões para degustação de bons pratos, boas bebidas, bons vinhos.

Tempo de mais abraços, mais carinhos, mais amores. Tempo de aproximação, de mais calor humano, diferente do calor escaldante do verão. Tempo de ser feliz, de fazer feliz, de cuidar bem desse nosso Planeta Terra que merece mais do nosso carinho e atenção.

 (Foto: o medronheiro que dá o fruto com o qual se faz a melhor aguardente de Portugal)