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Futura ferrovia Chapecó-Cascavel beneficiária agroindústrias do oeste de SC

  • MB Comunicação Empresarial / Organizacional - Presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (SINDICARNE), José Antônio Ribas Júnior.


 "A permanência e a expansão das agroindústrias no grande oeste catarinense dependente da construção dessa obra". Assim reagiu o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (SINDICARNE), José Antônio Ribas Júnior, à decisão do Ministério da Infraestrutura em assinatura, na última semana, a autorização para a construção e a operação da ferrovia entre Chapecó , no oeste de Santa Catarina, e Cascavel, no Paraná.

O dirigente enfatiza que uma ferrovia permitirá ligar a região produtora de grãos do centro-oeste do País com Chapecó. Por isso, será essencial para garantir o suprimento de milho às agroindústrias do grande oeste catarinense.

 Ribas avalia que uma operação para busca do milho no Brasil Central requer mais de 100 mil viagens de carretas com capacidade média de 30 toneladas que fazem o percurso de 2.200 milhas, com elevado custo ambiental e humano. "Isso representa mais de 6 bilhões de reais em fretes, todo ano. Com esse dinheiro é possível construir em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás como mais avançadas do Planeta ".

 O presidente do SINDICARNE acredita que só há um meio para evitar a fuga das agroindústrias: construir uma ferrovia norte-sul, ligando o oeste catarinense ao centro-oeste do País. A dependência dessa matéria-prima e as deficiências da infraestrutura logística brasileira, obrigatoriedade fora da porteira dos rurais rural e agroindustriais, anulam a aptidão e a competência do agronegócio e prejudicam muito mais a agricultura do que as chamadas barreiras externas, como subsídios, quotas e sobretaxas .

 De outro lado, o custo de transporte rodoviário, caso mantenha-se a matriz atual, inviabilizará grandes empreendimentos do agronegócio em solo catarinense. Esse quadro é agravado pelas rodovias em péssimas condições que neutralizam a seguir das empresas.

 A opção pela linha férrea reduzir em 30% o custo do transporte de insumos, como milho e soja. Santa Catarina necessita de 7 milhões de toneladas de milho por ano e importa 5 milhões de outras regiões do País e do exterior.

 NOVOS TEMPOS

A empresa estatal paranaense Ferroeste assumiu o trecho que tem 286 milhas de trilhos e uma previsão de investimento privado de aproximadamente R $ 6 bilhões, com possibilidade de geração de 122 mil novos empregos diretos e indiretos. A ligação Cascavel-Chapecó integra projeto da Ferroeste que conseguiu, também, aprovação para ferrovia entre Maracaju, no Mato Grosso, e o Porto de Paranaguá (PR). Essa ligação ao litoral também interessa às indústrias exportadoras catarinenses.

Criado a partir do novo Marco Legal das Ferrovias, o Programa de Autorizações Ferroviárias (Pró-Trilhos) estimula a ampliação da malha nacional pela iniciativa privada, por meio do instrumento da outorga por autorização.

O Programa foi criado por meio da Medida Provisória nº 1.065 / 21, que instaura o instituto da outorga por autorização para o setor ferroviário, autorizando a livre iniciativa no mercado ferroviário. Permitindo, assim, que o setor privado pretende construir e operar ferrovias, ramais, pátios e terminais ferroviários.

O Pró-Trilhos aumentará a atratividade do setor privado para realizar investimentos em ferrovias nas modelagens greenfields (novos empreendimentos, ferrovias construídas a partir do "zero") ou brownfields (empreendimentos que utilizarão ferrovias já existentes, no todo ou em parte).

Até o momento, o Ministério da Infraestrutura completa 36 requerimentos de confirmação, perfazendo 7.780 novos km de ferrovias e investimentos na ordem de R $ 115 bilhões. A expectativa é de que sejam gerados 2 milhões de novos postos de trabalho diretos e indiretos, além da diminuição do custo de transporte, da emissão de dióxido de carbono e da modernização da malha comum nacional.

MB Comunicação Empresarial / Organizacional

Jornalista Responsável - Marcos A. Bedin - MTE SC 00085-JP


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