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DAS CIÊNCIAS DA COGNIÇÃO À CIÊNCIA COGNITIVA - X V I I I

  • - Adelcio Machado dos Santos

A possibilidade de simulação possibilitou, pela primeira vez na psicologia, um diálogo entre teoria e prática. Pelo uso de simuladores, teorias podem ser testadas, suas previsões verificadas e eventuais desvios traduzidos em refinamentos sucessivos, característica, até então, das ciências tecnológicas.

 A análise do funcionamento cognitivo, em verdade, só pode tomar esta forma quando se chega a um nível suficiente de refinamento e precisão. Esta etapa apenas é atingida para um número ainda muito limitado de situações, mas, no futuro, o indivíduo deve ter progressos importantes neste domínio.

A modelagem cognitiva pode apenas se desenvolver sob duas condições: necessita dispor de formalismos adequados; precisa ter explicitada a descrição dos processos psicológicos em um nível de precisão suficiente para que esta descrição seja completa e que não tenha nada mais a acrescentar para que ela produza comportamentos simulados, que a pessoa possa comparar aos comportamentos observados.

É, sem dúvida, a segunda condição que é a mais restritiva. Com efeito, as linguagens computacionais permitem exprimir os raciocínios não formais, descrever os conhecimentos e representar as aprendizagens.

Os métodos computacionais de tratamento da informação simbólica têm, incontestavelmente, permitido um progresso decisivo na modelagem cognitiva.

Segundo Richard e Le Ny, os modelos de tratamento da informação não são, diferentemente dos modelos matemáticos, puramente formais (FIALHO, 2001).

Pode-se introduzir, dentro destes formalismos, uma semântica que permita exprimir conceitos psicológicos e traduzir, de maneira bastante direta, a idéia que se faz do funcionamento cognitivo dentro de uma situação dada, para um tipo de indivíduo dado.

Modelos computacionais parecem bem mais adequados para descrever processos do que modelos matemáticos.

Os sistemas de produção, a expressão dos conhecimentos sob a forma de esquemas, as redes semânticas, são exemplos destes novos formalismos elaborados pelos profissionais da computação, muitas vezes em colaboração com os psicólogos, que são ferramentas muito ricas na modelagem de processos.

Preleciona Fialho (2001) que isto não significa que se deve subestimar a importância dos modelos matemáticos, que representam um papel importante em psicologia, notadamente nos domínios da percepção, do tempo de reação e do julgamento.

Deve-se reconhecer, no entanto, que estes modelos são pouco adaptados para exprimir conteúdos de representação.


Jor. Adelcio Machado dos Santos (MTE/SC nº 4155 - JP).


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