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FILME “CASA BLANCA”, O ETERNO ROMANTISMO

Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos - Críticos de Arte

Em primeiro lugar, o filme "Casablanca", lançado em 1942 e dirigido por Michael Curtiz, é uma das obras cinematográficas mais icônicas de todos os tempos. Estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, o filme não é apenas uma história de amor, mas também uma narrativa rica em temas de redenção e elevação moral.

Outrossim, ambientado no curso da Segunda Belona Mundial, "Casablanca" se processa na cidade marroquina homônima, um ponto de encontro de refugiados que tentam escapar da Europa ocupada pelos nazistas. Rick Blaine (Humphrey Bogart) é o cínico proprietário de um café que se torna um refúgio para esses desesperados. Sua aparente indiferença ao sofrimento alheio é desafiada quando sua antiga amante, Ilsa Lund (Ingrid Bergman), reaparece com seu marido, Victor Laszlo (Paul Henreid), um herói da resistência tcheca.

Destarte, o romance entre Rick e Ilsa é o coração do filme, mas o verdadeiro cerne da história reside na transformação de Rick. Inicialmente, ele é retratado como um homem endurecido, cético e egoísta, cujo lema é "Eu não luto pelas causas de ninguém".

No entanto, a presença de Ilsa e a necessidade premente de coadjuvar Laszlo a escapar dos agents do III Reich coactam Rick a confrontar os próprios valores e prioridades.

Ademais, a beleza de "Casablanca" está na sua capacidade de entrelaçar a narrativa romântica com temas de sacrifício e redenção. O amor de Rick por Ilsa é profundo, mas ele reconhece que há algo maior em jogo. Em um ato de suprema abnegação, ele decide ajudar Ilsa e Laszlo a fugir, mesmo que isso signifique perder o amor de sua vida. Este ato não é apenas um gesto de amor, mas também um reconhecimento de que existem causas e valores pelos quais vale a pena lutar.

A par disso, "Casablanca" captura a luta eterna entre o amor pessoal e os deveres maiores para com a humanidade. A decisão de Rick de deixar Ilsa partir com Laszlo não é apenas um triunfo do amor altruísta, mas também uma afirmação de sua fé restaurada na luta contra a opressão. Ele se eleva acima de seus interesses pessoais, tornando-se um símbolo de resistência e coragem moral.

Em epítome, "Casablanca" se configura em testemunho do poder do amor e da redenção. É um lembrete de que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, há espaço para o crescimento pessoal e para a afirmação de valores elevados. O eterno romantismo do filme reside não apenas no relacionamento entre Rick e Ilsa, mas também na jornada de Rick em direção a uma vida de significado e propósito.

Por final, essa dualidade de amor e redenção torna "Casablanca" obra atemporal, ressoando para espectadores de todas as gerações.

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