Solicitado por Luiz Henrique, presidente do BNDES estudará a possibilidade de recursos para desapropriação

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na manhã desta terça-feira (27), respondeu positivamente à solicitação ao senador Luiz Henrique (PMDB-SC). O senador questionou o presidente sobre as regras do BNDES em relação aos recursos destinados para duplicação ou criação de vias, que hoje não contemplam as desapropriações, inviabilizando, muitas vezes, a execução das obras.

- Um dos grandes problemas é a falta da mobilidade urbana. O grande problema do cidadão brasileiro hoje é o tempo que ele leva da sua casa até o local de trabalho. Esse assunto foi um dos motivos principais das manifestações que ocorreram no país recentemente. Os municípios que ficam com apenas 12% da receita nacional não têm recursos para pagar as desapropriações, quando têm que duplicar uma avenida ou mesmo fazer uma nova. Nessa situação, temos hoje, por exemplo, Joinville com a avenida Santos Dumont e a avenida Dona Francisca. Por isso eu solicitei ao presidente Luciano Coutinho, para que mudasse o dogma o BNDES, que hoje financia a obra mais não financia a desapropriação, que muitas vezes supera o valor das abras – argumentou Luiz Henrique.

O presidente Coutinho foi muito positivo, respondendo ao senador que vai mandar estudar essa questão.

Luciano Coutinho também foi questionado pelos senadores sobre perspectivas dos investimentos do BNDES para o quadriênio 2013-2016; o balanço operacional e financeiro do banco; e a expectativa de financiamento de longo prazo no Brasil; além do papel do BNDES.

A atuação do BNDES tem sido questionada por senadores nos últimos meses, tanto no que se refere a empréstimos feitos a empresas quanto a operações do governo com títulos do Tesouro Nacional para capitalizar o banco. No caso do grupo EBX, que enfrenta um colapso, estima-se que os empréstimos concedidos nos últimos anos pelo banco cheguem a R$ 10,4 bilhões.