Deputado Reno esteve na Rússia participando de uma missão comercial

Presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, deputado Reno Caramori, cumpre extensa agenda nas últimas semanas. Passou 15 dias na Rússia, como convidado na missão comercial organizada pela OCESC - Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina.

Na volta, deslocou-se a Canoinhas, onde palestrou no fórum sobre Ocupação de Áreas de Reserva Legal e de Prevenção Permanente, promovido pela ACIC - Associação Comercial e Industrial de Canoinhas e no dia seguinte estava na Uniplac, em Lages, no 2° Seminário da Cadeia Produtiva da Madeira. Caramori também preside o Fórum Permanente da Silvicultura.

MISSÃO COMERCIAL

\"Ótimas perspectivas para ampliar as exportações de carne e a necessidade de aplicação de tecnologia eficaz na proteção ambiental, principalmente com relação aos dejetos suínos\". Estas são as principais conclusões apresentadas pelo presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembléia Legislativa, deputado Reno Caramori, que acompanhou a missão comercial organizada pela OCESC - Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina à Rússia.

Com relação às exportações, segundo Caramori, \"é preciso que se criem mecanismos para a ampliação de quotas, atualmente dominadas pelos americanos\". De acordo com informações do diretor geral do Instituto de Pesquisas de Mercado Agrícola da Rússia, os americanos reservaram quotas de 70% das importações russas, em troca de outros benefícios econômicos.

Sobre a questão do meio ambiente, Caramori é enfático ao afirmar que \"é preciso que se avance na aplicação de tecnologia para a preservação dos nossos rios, lençóis freáticos e da natureza como um todo contra a poluição causada pelas atividades produtivas\".

De acordo com o deputado, os russos manifestaram a intenção de fiscalizar cada vez mais não só o aspecto da sanidade animal como também o tratamento que os fornecedores de carne dão às questões ambientais. \"Eles sabem que nossos animais estão livres de aftosa e outras doenças, mas também querem saber qual a destinação que damos aos dejetos suínos e outros poluentes\", conclui. O assunto tem sido discutido na Comissão de Agricultura e já foi levado ao plenário da Assembléia pelo deputado Reno Caramori.

Composta por mais de 20 dirigentes cooperativistas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, e pelos deputados catarinenses Reno Caramori e Herneus de Nadal, a missão comercial assistiu palestras do diretor do Instituto de Conjuntura do Mercado Agrário da Rússia, Dimitri Rylko e do dirigente da associação dos produtores de carnes de suínos daquele país, Valery Sharnin. Ainda em Moscou, a missão esteve reunida com o embaixador brasileiro, Carlos Augusto Santos Neves, que garantiu espaço para a participação do Grupo Coopercentral-Aurora na feira de produtos agropecuários, em dezembro, naquela capital. A missão também fez visita à universidade de Moscou, e reuniu-se com o representante da Abipecs - Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína na Rússia, Yuri Prestes. E esteve também em São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia e sede do maior porto daquele país.

Fórum da ACIC

Em Canoinhas, o presidente do Fórum Permanente de Silvicultura e da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembléia Legislativa, deputado Reno Caramori, defendeu esta semana, no Fórum sobre Ocupação de Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, a criação de reservas público-privadas naturais (RPPNs). Para Caramori, \"resoluções por vezes equivocadas\", editadas pelo Conama estão penalizando nossos agricultores, a classe produtiva e acabando com o meio ambiente.

O evento marcou os 50 anos da ACIC - Associação Comercial e Industrial de Canoinhas.
O deputado Reno Caramori adiantou que a Comissão de Agricultura e Política Rural, da qual é presidente, e a FATMA já estão estudando propostas para uma legislação própria para Santa Catarina com relação às diversas questões do setor florestal de Santa Catarina. Caramori atribui a edição de \"resoluções equivocadas\", como classifica, ao distanciamento existente entre quem as edita e a realidade do Estado de Santa Catarina.