Leodegar da Cunha Tiscoski

O Presidente da Microrregional da JPP (Juventude do Partido Progressista) da região de Joaçaba, Ricardo Antonio Monteiro Schemmes ? conhecido como Ricardinho, esteve na Redação de O TEMPO, acompanhado de Leodegar da Cunha Tiscoski/deputado federal, dia 19 de novembro, sábado, sendo a sua primeira visita do dia realizada em Capinzal.

As visitas foram agendas por Ricardinho e Fábio dos Santos ? o Fabinho, inclusive estiveram na Rádio Barriga Verde, posteriormente aconteceu uma reunião com lideranças municipais e almoço no Restaurante Yonara.    

Biografia: Leodegar da Cunha Tiscoski; nascimento 02/10/1948 - Sombrio, SC; profissões Engenheiro Civil e Professor; filiação: José Tiscoski e Celina da Cunha Tiscoski; Legislaturas: 1999-2003,  2003-2007.

Mandatos Eletivos: Deputado Estadual (Constituinte), 1987-1991, SC, PDS; Deputado Estadual, 1991-1995, SC, PDS; Deputado Estadual, 1995-1999, SC, PPR; Deputado Federal, 1999-2003, SC, PPB; Deputado Federal, 2003-2007, SC, PPB;     

Licenças: Licenciou-se do mandato de Deputado Federal na legislatura 1999-2003, para exercer o cargo de Secretário dos Transportes e Obras do Estado de Santa Catarina, de 2 de fevereiro de 1999 a 14 de fevereiro de 2000, e de 17 de fevereiro de 2000 a 8 de abril de 2002.                      

Filiações Partidárias: PDS, 1987-1995; PPR, 1995; PPB, 1995-2003; PP, 2003.     

Atividades Partidárias: Líder do PDS, 1990-1991; Vice-Líder do PPR, 1991-1992; Presidente, Diretório Estadual do PPB, SC, 1995-2000.                      

Atividades Profissionais e Cargos Públicos: Professor de Física, Academia Comércio de Santa Catarina, Florianópolis, 1972-1975; Professor de Topografia, Esc. Técnica Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1974-1975; Engenheiro Civil, Florianópolis, 1975, Chefe Regional, Florianópolis, 1976-1981, e Tubarão, 1981-1986, DER, SC; Secretário da Casa Civil, Florianópolis, SC, 1992-1994; Secretário dos Transportes e Obras do Estado de Santa Catarina, 1999-2002.            

Estudos e Graus Universitários: Engenharia Civil, UFSC, Florianópolis, 1970-1974.            

Desempenha várias atividades Parlamentares e atividades Sindicais, Representativas de Classe e Associativas.      

Leodegar vem mantendo contato com todos os municípios catarinenses, saudando os companheiros e as novas lideranças, para tanto, desenvolve um trabalho com o segmento da juventude que representa 40% da força nas próximas eleições, ainda valoriza o desempenho da Mulher Progressista. O trabalho além de consulta as bases, também serve para melhor se organizarem para o pleito eleitoral de 2006, nas chapas majoritária e proporcional. Leodegar é candidato a deputado federal pela terceira vez consecutiva, para tanto, vem buscando apoio para seu nome e principalmente ajudando a construir um projeto para ganhar as eleições majoritárias para o Estado de Santa Catarina.

Segundo Leodegar, após ter percorrido boa parte dos municípios catarinenses, a avaliação é positiva, apresentando um sentimento muito grande de mudança. Estão providenciando uma pesquisa para mostrar claramente aos catarinenses o que pensa o povo sobre o atual governo e sobre suas perspectivas de eleições para o próximo ano em termos de preferências nas candidaturas.

Quanto ao cenário político federal, comentou Leodegar que o país teve uma oportunidade de mudança de transformação, de uma nova realidade institucional com a eleição de LULA, dizendo não ter votado nele, mas respeita a sua belíssima trajetória saindo da região nordestina para Presidente da República. O PT tinha uma história bonita de construção partidária, mas lamentavelmente, tanto Lula quanto o PT estão comprometidos no processo de gestão administrativa, levando em conta Lula ter sido eleito com 53 milhões de votos e o PT ter recebido 15 milhões. Significa dizer, que estes 2/3 que votaram em Lula, apostaram na mudança, em promessa de campanha, quando tiveram a chance de fazer uma grande reforma no Brasil, mas deixaram passar o tempo. Lembrou Leodegar, que a grande descentralização deveria ser uma reforma tributária fiscal, tirando parte do dinheiro de Brasília e colocando no interior, propriamente nos municípios aonde as coisas acontecem e os recursos são mais bem aplicado na área social, na saúde, na educação, no transporte, tendo o apoio dos vereadores e conta com sua estrutura municipal. Outra seria a reforma previdenciária para poder garantir a sobrevivência dos assegurados e aposentados. Insistiu, numa reforma política-partidária, porém, profunda para poder acabar com os abusos, iniciando pela fidelidade partidária. O que se vê hoje, é que Lula está acima de tudo, comprometido com os banqueiros, sendo aqueles que estão ficando cada vez mais ricos no Brasil. O BRADESCO somente neste ano está faturando cinco bilhões de reais de lucro, onde quem paga essa conta são os brasileiros. Certamente, como fizeram no passado, irão patrocinar a campanha com caixa um e caixa dois. Estamos vendo a concentração de renda, os banqueiros ficando rico e uma parcela de 10% da classe média enriquecendo e grande índice ficando cada vez mais pobre, conseqüentemente aumentou o desnível social no Brasil. Dizem que a economia brasileira vai bem, mas não justifica juros altíssimos. Leodegar assim abreviou: Lula prometeu uma coisa e entregou outra.       

Espera Leodegar que essa crise política passe de uma vez por todas, devendo penalizar quem tem os dedos sujos nas CPIs, possibilitando mudar e aperfeiçoar a lei, corrigindo rumos para que o Brasil volte a sua normalidade e tenha um futuro com mais estabilidade, recuperando a credibilidade das instituições dos níveis Executivo, Legislativo e do Judiciário, os quais estão arranhados.  

Conforme Leodegar, perderam a eleição de 2002 os quais consideravam ganha, isto pelo fato de terem cometido muitos erros, excesso de confiança. Na época, montaram todo um Plano de Governo incluindo microbacias e de outras realizações, porém, a derrota foi mínima, de vinte mil votos, quando AMIN venceu na maioria dos municípios, mas não levou a reeleição considerando o contexto estadual, a exemplo de Hugo com uma diferença de 14 mil votos.

Hoje montaram uma estratégia com palavra muito bonita: Descentralização. Leodegar é favorável a descentralização verdadeira, tirando o dinheiro de Florianópolis e colocando autonomia no interior, para tanto, não precisa criar secretarias na região para empregar de 50 a 200 pessoas onde não tem espaço físico para todos atuarem juntos no mesmo local. Deveriam pegar o dinheiro e colocar direto no município, onde tem toda uma estrutura montada, com definições e opções de plataforma de trabalho. Não tem como falar de uma estrutura de Colegiado de Governo com 50 Secretarias, caracterizando cabine de emprego ou seja uma estratégia de campanha eleitoral. As Secretarias de Desenvolvimento Regional, para Leodegar não apresenta estrutura gerencial e de orçamento, sem autonomia, lhes faltam poder de decisão.

O PP espera ganhar a eleição e estudar o que fazer com as Secretarias, quem sabe fazer uma coisa enxuta e funcional para surgir efeito prático.

Leodegar prevê que terá um tira teima entre PP e PMDB em 2006 para Governo do Estado, com AMIN e LHS ? Luiz Henrique da Silveira, considerando um PLEBISCITO, sendo uma reedição de 2002 para que possa o leitor comparar. Leodegar informou que AMIN tem uma história política, administrativa, de perfil e de seriedade que é a marca do Partido Progressista. LHS tem toda sua história política e dispõe do governo para ser avaliado.

Leodegar lembrou que quando era Secretário de Transporte pegaram o Programa BID 3, com muitas obras pendentes, a exemplo de Água Doce a Treze Tílias, passando pelos governos de Kleinübing e de Paulo Afonso, executado no mandato de Amin. Pagaram 30 milhões de dólares para poder acertar o passado, colocaram a casa em dia, recuperaram a credibilidade e iniciaram uma nova perspectiva de obras, quando iniciaram o BID 4, mas mesmo assim perderam a eleição. Obras da região a exemplo da SC-458 (Capinzal, Zortéa a Campos Novos) foram fruto do trabalho do Governo Amin, e quem executou foi o Governo LHS. Como disse Leodegar, foi mérito do atual governo em pelo menos não ter tirado essa obra do programa. Quanto a SC-303 de Ouro, Lacerdópolis a Joaçaba, também foi um empenho do Governo Amin, hoje está sendo executada, porém, lembrou o Deputado, deveria ter sido executada há muito tempo, devido tais recursos estarem disponíveis desde do início do atual mandado.    

Leodegar disse que o PP irá ganhar as eleições de 2006, portanto, pergunta qual o Programa que o PMDB está montando para o futuro? Ironizando, acha que não vai ficar um programa, e sim uma dívida.

As suas ações como Deputado Federal são mais voltadas a área rodoviária, com briga em cima do BID 4, duplicação da BR 101 em nosso Estado, construção da Barragem que trouxe a solução de água potável para Criciúma e região, BR 470 com cobrança de pedágio injusto instituído no Governo Paulo Afonso (deveria ser socialmente justo para os usuários da rodovia); iniciamos o trecho da BR 282 (Lages a BR 470 Campos Novos), sendo que surgiu problemas com o Tribunal de Contas mas já poderá ser retomada a obra. Também lembrou dos acompanhamentos nas áreas de portos e aeroportos, bem como ações na área da crise do arroz e assim sucessivamente.

Uma de suas bandeiras é viabilizar ações no sentido de diminuir a carga tributária no País, pois a Lei das Micros e Pequenas Empresas prevê a desburocratizar, facilitar e reduzir custos. Isto no sentido de buscar mecanismo para poder gerar renda, riqueza e principalmente novas frentes de trabalho.