UM PAÍS E SEUS CABEÇAS
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- Evani Marichen Lamb Riffel
Por Evani Marichen Lamb Riffel
CARO/A LEITOR/A...SALVE, SALVE 07 DE SETEMBRO DE 2020!
SALVE A LIBERDADE, A HONESTIDADE, A JUSTIÇA IMPARCIAL!
EM TEMPOS DE PANDEMIA- CORONAVÍRUS/COVID-19...
SALVE A SAÚDE NACIONAL...
EM CASA, SEM FESTIVIDADES...PRATICANDO DISTANCIAMENTO SOCIAL!
USANDO A PROTEÇÃO DA MÁSCARA POR PRECAUÇÃO, ÁLCOOL GEL, MUITA ÁGUA E SABÃO,
SEM DESFILE, SEM AGLOMERAÇÃO, QUE SEJA UM DIA DE PATRIÓTICA REFLEXÃO!
Estimado/a leitor/a, para ilustrar o momento atual do nosso amado Brasil, ao garimpar na biblioteca por novas leituras, deparei com a maravilhosa Edição Comemorativa dos 100 anos de Carlos Drummond de Andrade, uma coletânea de contos plausíveis.
A página 46, do citado livro e autor, estampa em orgia política o fenômeno governamental dos parlamentares de certo país, que agiam sem cabeça, essa parte tão importante do corpo, cuja ausência é notada por um deles.
Vitória, vitória... Vamos à história?
Quem conta um conto, aumenta um ponto, temo tocar no ponto mas toco por encanto, ao conto reconto fiel deste drumondiano conto:
"A Volta das Cabeças"
Naquele País, os parlamentares funcionavam sem cabeça e nem se davam conta disso. Os corpos moviam-se como se fossem dirigidos por uma central reflexiva e determinativa, no alto do pescoço, e tudo corria com normalidade- normalidade especial, não é preciso acrescentar.
Um dia, certo deputado reparou na falta de cabeça e sentiu-se constrangido. Já não fazia os gestos com a mesma perfeição, e experimentava o que se poderia chamar de dor de cabeça sem cabeça.
Convocou alguns colegas e mostrou-lhes que eles também precisavam recuperar o crânio perdido. Muita gente já observara o fenômeno e duvidava da legitimidade de representantes destituídos de parte tão importante como a cabeça.
Um dos colegas admitiu a lacuna de que padeciam todos, mas alvitrou que ela poderia ser corrigida com cabeças de papelão, que são mais leves.
-Nada disso - falou o que tivera a iniciativa da recolocação.
-Temos que repor nossas cabeças verdadeiras.
Saíram à procura das ditas, e muitos não as encontraram. Outras tinham-se convertido espontaneamente em cabeças de alfinete. Umas tantas conservavam-se intactas e foram correndo instalar-se no pescoço de seus donos.
Mas o Governo, prevenido daquele movimento, coçou a cabeça, meditou e decidiu:
-Isso é que não. Para recolocar a cabeça no lugar, preciso de autorização superior. E esta eu só dou lenta e gradualmente. Primeiro recoloque-se o queixo. Mais tarde a boca. Depois o nariz, olhos etc. Mas só um olho de cada vez. E uma só orelha também. O tampo fica para o fim. Com o correr dos dias vocês terão cabeças ótimas, até com "ideias" próprias.
A "ideia" agora, num significado Aureliano, é usada aqui num sentido mais lato, como expressão que traz implícita uma presença de intencionalidade:
-Quem reorganiza, quem comanda, quem reergue as ideias de "Um País e seus Cabeças?"
-Aquele País, geograficamente situado América do Sul, com uma extensão de 8.514.876 quilômetros quadrados, o maior da América do Sul e o quinto maior em extensão do planeta, com aproximadamente 207,7 milhões de habitantes (dados de 2016), terá quando a "Volta das Cabeças" governamentais?
-Terão cabeças e até ideias com urgência, para salvar o Brasil da crise econômica, social, geral, e em tempos de pandemia COVID-19???!!!
-Psiuuuuuuu!!!!!!!...
...-"Que País é esse?" (Legião Urbana)
Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam
No futuro da nação
Que País é esse????!!!!...
P.S.
Acreditemos ainda num novo porvir do nosso País Brasil, neste dia 07 de setembro de 2020, em COMEMORAÇÃO e busca pela INDEPENDÊNCIA e cumprimento Constitucional no Legislativo, Executivo, judiciário, Municipal, Estadual, Nacional!!!! Acreditemos em governantes eleitos, livres, incorruptíveis, independentes para governar a crise atual que se estende.
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