Analisando a população brasileira em uma estrutura piramidal, podemos perceber a expansão do topo e uma regular tendência de encolhimento da base. Estamos nos tornando um País jovem de cabelos brancos. A população brasileira envelheceu rapidamente nas últimas décadas. Hoje, a perspectiva de vida é de 67,8 anos e deverá atingir 74 anos em 2020. E todas as estimativas demográficas do IBGE apontam para um contingente de aproximadamente 32 milhões de idosos no Brasil, por volta do ano 2025. O envelhecimento é a regressão de funções e a diminuição da vulnerabilidade e não da aproximação da morte. Mas, me refiro da morte, perda de possibilidades ao longo da vida... É preciso adicionar MAIS VIDA aos anos do que anos à vida . É preciso achar soluções para situações novas criadas pela superpopulação de idosos dos nossos dias; Ou mesmo para os precocemente aposentados e despreparados para ?nova vida?. Sim, uma vida nova. Sem o preenchimento do tempo com a rotina de trabalho . Palavras-chave para isso são: Lazer; Educação; Aprendizagem; Valor para o Tempo Livre. As Faculdades ?Abertas? à Terceira Idade, principalmente as que atendem às camadas de menor poder aquisitivo, estão conseguindo desenvolver uma política de atendimento que atua na perspectiva da inclusão social e da Educação para a cidadania, enfocadas nas perspectivas da Educação Física, da Cultura, da Educação e da Aprendizagem, como direito e benefício que satisfaça suas necessidades. Notamos que os mais velhos estão mais interessados em vivenciar experiências com liberdade e gratificação afetivo-emocional, principalmente quando estão em grupo. Para o idoso, é muito importante estar em contato com o mundo que o rodeia, sentir-se ativo e útil, participando de algum tipo de atividade. Temos a preocupação de que o idoso adquira uma postura positiva frente a velhice e que aprenda a valorizá-la. Acreditamos que a prática da dança irá proporcionar ao idoso, saúde, autonomia, e que poderá ajudá-lo a lidar com o seu próprio corpo, com seus sentimentos e com seu processo de envelhecimento, auxiliando-o, também, nas suas atividades diárias e na sua integração social. Sabendo disso, é preciso reforçar a atenção em programas que envolvam os espaços comunitários, como centros de reflexão sobre o envelhecimento, e conseqüente mudança de atitudes. Não basta utilizar o tempo útil do idoso, é preciso fazer com que o preenchimento do tempo útil se transforme em ação. A administração municipal tem dedicado um tempo precioso para cuidar da chamada ?Terceira Idade?. Mas quer parceria a interessada da população ativa. Afinal toda empresa tem e deve ter sua ?Razão Social?. Alguns empresários mundo afora pensam que a suas empresas devem estar voltadas somente ao enriquecimento. Não é assim. Em nossa cidade, com divulgação e incentivo, a população de idosos já está ocupando um espaço importante dentro da sociedade, tanto no aspecto social quanto no econômico. Precisamos sempre e ainda mais, de Empresas Cidadãs. Deste modo, além do beneficio social, as empresas voltarão a contratar pessoas que por exclusão já estavam fora do mercado de trabalho.(Lembrando que trabalho com o idoso exige cuidados especiais, métodos e ensinamentos diversificados para sua comprovada eficiência e aplicabilidade, visto que, pela sua própria natureza se distingue das demais faixa etária, é uma recente área de trabalho e os objetivos aspirados devem ser diferenciados). Se bem dosada a situação, se não elimina, ao menos diminuirá a problemática que a ociosidade pode causar na saúde pública. Sem falar que podemos e devemos ampliar seu universo de pensamentos, resgatar a identidade cultural dessa gente, e explorar suas potencialidades e talentos tirando proveito dos ensinamentos para nossas próprias vidas...
MARCOS ZANARDO- Empresário ? Vice-Prefeito de Joaçaba |
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