Sicredi ultrapassa os R$ 13 bilhões na carteira de poupança
Valor alcançado em setembro representa um crescimento acumulado de 35% na captação de recursos. Maior parte do dinheiro é revertido para crédito rural
A cooperativa de crédito Sicredi alcançou a marca de R$ 13 bilhões em captação de poupança no país entre janeiro e setembro de 2018, um crescimento acumulado de 35%. Na prática, esse avanço representa uma boa notícia para o crédito rural, já que 80% do valor depositado é destinado para financiar as lavouras. A prioridade de crédito é da própria agência que captou os recursos.
Outro fator que contribui para o incremento da poupança é o incentivo que o Sicredi promove junto aos associados com programas de educação financeira, crédito responsável e orientações para poupar e planejar o futuro.
Além disso, o modelo de negócio cooperativo permite que os associados se beneficiem de duas maneiras por seus depósitos em poupança: com a própria remuneração do investimento e também com a distribuição dos resultados da cooperativa de crédito, definido nas assembleias de prestação de contas das cooperativas.
Catarinenses estão entre os maiores poupadores
O desempenho da poupança no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ultrapassou os R$ 6,73 bilhões de janeiro a setembro de 2018, registrando crescimento de 32,76% no período. Gaúchos e catarinenses somados aos mineiros são responsáveis por mais de 50% de toda a captação do Sistema Sicredi no país.
"Este resultado reflete o trabalho árduo das nossas 43 cooperativas filiadas no RS, SC e MG, no empenho de qualificar o relacionamento com o associado e lhe incentivando a desenvolver uma cultura de poupador", diz Márcio Port, vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste.
Cenário Geral da população
O alto índice de desemprego somado a baixa renda de muitos brasileiros faz com que boa parte dos cidadãos tenham dificuldades para manter as contas em dia. Segundo o Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 60 milhões de brasileiros, o equivalente a 40% da população adulta do país, estão inadimplentes e têm restrição ao crédito. Além disso, de acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 30% da população têm uma reserva financeira, ou seja, são poupadores ativos.
Embora o contexto seja atual, a discussão sobre como controlar as contas não é exatamente uma novidade. "Nós, profissionais da área financeira, sempre defendemos que a educação financeira deve ser aplicada desde a infância, já que mudar hábitos na fase adulta é sempre mais difícil", diz Felipe Azevedo, gerente de investimentos e previdência do Sicredi.
Jornalismo Adjori/SC
Deixe seu comentário