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SC amplia vigilância, mas considera baixo o risco

SC amplia vigilância, mas considera baixo o risco de gripe aviária

Em razão dos casos de gripe aviária na Ásia e na Europa, A Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, por meio da Cidasc, ampliou seu sistema de vigilância e mantém 19 equipes de emergência treinadas para agirem rapidamente. Ainda no ano passado, o governo do Estado de Santa Catarina constituiu um comitê que reúne autoridades técnicas das secretarias da Agricultura e da Saúde e que elaborou um plano de contingência já difundido em todo o Estado.

De acordo com o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, o risco de ingresso da doença no Brasil, neste momento, é considerado baixo pela maioria dos experts no assunto. De modo geral, a difusão do vírus é atribuída à migração de aves contaminadas. O secretário explica, por isso, que o ingresso do vírus H5N1 (subtipo do vírus influenza A aviário) no Brasil só seria possível se existisse esta cepa no Canadá ou nos Estados Unidos, de onde procedem as aves que chegam ao país. O que não ocorre. Sem contar que estes dois países, quando registraram casos de gripe aviária - provocada por vírus de menor patogenicidade do que o H5N1 - sempre foram muito ágeis na eliminação dos focos.

As outras formas de ingresso ? importação de material genético ou mecanicamente através de pessoas ? vêm sendo monitoradas há bastante tempo, de modo que o risco de ocorrerem é mínimo.

Além disso, a avicultura desenvolvida basicamente pelo sistema de integração em Santa Catarina tem reforçado seus esquemas de biossegurança.

Sopelsa esclarece que a situação que mais preocupa no momento é a redução do consumo de carne de aves nos países importadores. Este movimento tem aumentado a disponibilidade interna de carne, provocando a diminuição de até 25% nos alojamentos de pintos, a redução do abate com conseqüências graves como a demissão de funcionários das agroindústrias. O secretário observa, entretanto, que a redução do consumo nos países importadores vem sendo superdimensionada, provavelmente como objetivo de barganhar preços e renegociar contratos. Esta situação de ?pânico de consumo?, lembra ele, foi vivida a partir de 1996 com casos da doença vaca louca na Europa. Desde então, o consumo de carne bovina foi restabelecido naqueles países, mas nunca retornou aos patamares antigos.

Além das medidas de vigilância e defesa sanitária, informa Sopelsa, a Secretaria da Agricultura tem apoiado os pleitos dos representantes da avicultura brasileira no sentido de regionalizar os circuitos sanitários. O Ministério da Agricultura, ainda que depois de muita demora, editou a norma que se encontra em fase de consulta pública e que permitirá a regionalização. Com isso, afirma, ?evita-se penalizar estados que não tenham focos quando e se a doença chegar ao Brasil?.

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