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Reflorestamento

Reflorestamento vira opção para pequenos

Aos poucos, negócio deixa de ser exclusivo de grandes grupos. A globalização é um fenômeno econômico e social que deve estar presente nas administrações públicas. Os grandes desafios dos governantes neste milênio é garantir qualidade de vida às pessoas. Isto se conquista com melhor infra-estrutura, educação, saúde e oportunidades de emprego. Para que o município cresça, é necessário ter uma economia forte, com empresas locais bem estruturadas e bem posicionadas nos mercados interno e externo. A inteligência e o aproveitamento das oportunidades da globalização são as novas armas de conquista de mercado. Só precisamos da orientação da UNOESC e iniciativa das classes empresariais. A bola da vez é Reflorestamento! Dos US$ 7 bilhões que o ramo madeireiro do Brasil exportou no ano passado, Santa Catarina contribuiu com US$ 1,174 bilhão, ficando atrás só do Paraná que somou US$ 1,447 bilhão. Em percentuais, o setor de imóveis foi um dos principais responsáveis pela boa performance catarinense. Com exportação de US$ 441,084 milhões, que equivale a 54% dos móveis nacionais colocados no mercado externo, o Estado consolidou liderança absoluta no segmento. Com área cultivada de 550 mil hectares, que corresponde a 1,6% do território catarinense, por enquanto o setor de florestas plantadas é dominado por grandes grupos madeireiros, que detém 84% das reservas do Estado. O mapa deverá apresentar modificações a médio prazo, tendo em vista que a inclusão de pequenos proprietários no ramo de florestamentos está aumentando em diversas regiões do Estado, como acontece na grande Joaçaba, município em que os módulos rurais apresentam entre 12 a 15 hectares (120 a 150 mil metros quadrados). Atraídos pelas perspectivas de bons negócios, produtores, empresários e até profissionais liberais joaçabenses estão transformando pastagens e áreas de lavouras em plantações de mudas de árvores, principalmente de pinus eucaliptos. O município conta no momento com vários reflorestamentos, distribuídos em mil pequenos projetos, a maioria com 10 mil árvores. Essa nova realidade estimulou até o surgimento de empresas especializadas em produção e plantio de mudas e de elaboração de projetos técnicos. O novo que está se verificando em pequenas propriedades é fator positivo. Isso, além de representar uma boa opção econômica, o plantio de árvores aumenta o estoque de madeira e tira a pressão sobre as matas nativas, que precisam ser preservadas para garantir boa qualidade de vida. A importância de se investir em novas florestas é saber que dentro de cinco anos já não será preciso importar da Argentina e do Chile matéria prima para atender as necessidades das indústrias exportadoras do País. Marcos Antonio Zanardo - Empresário e Vice- Prefeito do município de Joaçaba (SC).
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