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Presidente da Fiesc apresenta balanço do ano para o setor industrial

Desempenho da economia catarinense praticamente retornou ao patamar registrado em 2014, período considerado pré-crise

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Mario Cezar de Aguiar, recebeu a imprensa na tarde da terça-feira (11) para apresentar um balanço dos resultados do setor em 2018. Conforme os números apresentados, o desempenho da economia catarinense praticamente retornou ao patamar registrado em 2014, período considerado pré-crise.

Dados do Banco Central apontam que, no acumulado do ano, o Produto Interno Bruto do Estado (PIB) cresceu 2,7%. O resultado está acima da média nacional, que foi de 1,2% durante o mesmo período.

De janeiro a outubro de 2018 também foram registrados aumento na produção industrial (4,4%), nas vendas do setor (13,3%), na exportação (4,8%), na importação (24,1%) e no saldo de empregos da indústria de transformação (22,5 mil vagas). O presidente da Federação lembrou que apesar da paralisação dos caminhoneiros e das eleições, a indústria catarinense iniciou um consistente processo de recuperação.

Na avaliação de Aguiar, a expectativa para 2019 é de resultados ainda melhores, com a economia brasileira crescendo 2,5%. Em Santa Catarina, porém, há indicativos de que esse desempenho deve ser ainda mais positivo. O motivo, explica, está no aumento do índice de confiança do industrial, que é o maior já registrado desde o início da série histórica (66 pontos em novembro). Por consequência, isso também estaria elevando a intenção de investir.

Empregos

Aguiar ressalta que outro ponto positivo está na capacidade de geração de empregos da economia catarinense. Para suprir as perdas dos anos de 2015 e 2016, é necessária a criação de 62 mil novas vagas. Até o momento, o saldo de empregos alcança o número de 54 mil novos postos de trabalho no Estado, considerando um período desde o ano de 2014. A indústria de transformação catarinense é a segunda que mais gera empregos do Brasil, mesmo em termos absolutos, ficando atrás apenas de São Paulo.

O presidente da Fiesc explica que, diferentemente do ano anterior, em que o crescimento esteve concentrado nas atividades alimentícias e têxteis, o volume de empregos de 2018 está espalhado em praticamente todos os segmentos e regiões do estado. Isso, diz ele, mostra que o desenvolvimento está mais sólido e sustentável, uma vez que também envolve atividades como máquinas, autopeças e construção, que sofreram mais com a recessão.

 

 

 

Incentivos fiscais

Na opinião do presidente da Federação das Indústrias, é importante que o estado mantenha a política de incentivos fiscais para que a produção no território catarinense tenha condições de competitividade com outros estados e países. "Nesse sentido, a manutenção dos incentivos fiscais é estratégica para o fortalecimento da indústria e de Santa Catarina", diz Aguiar.

Durante a apresentação dos resultados, o dirigente destacou que, apesar do otimismo, as expectativas só irão se confirmar se houver muito trabalho e determinação. "Aqui na Fiesc temos o entendimento de que Santa Catarina será mais forte quando estimular a internacionalização, a inovação e a infraestrutura, que dependem fortemente de uma política industrial eficiente".

Aguiar revelou que a Federação está estruturando um projeto robusto de internacionalização de empresas catarinenses de modo a diversificar e ampliar o mercado consumidor. Conforme o presidente, é possível verificar uma evolução considerável nos últimos anos, principalmente das importações, que cresceram 24% no ano de 2018, puxadas pela compra de veículos, com alta de mais de 300% no ano. Já nas exportações destacam-se a evolução do mercado chinês, que se tornou o principal destino dos produtos catarinenses em 2018, com crescimento até novembro de 46%.

 

Douglas

Agência Adjori

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