1. Como foi a experiência de ser a primeira e única mulher a presidir a CASAN (2019-2022) e o SENGE-SC?

Ser a primeira mulher a presidir a CASAN e o SENGE-SC foi uma experiência desafiadora e transformadora. Representar a presença feminina em papéis de liderança em um setor predominantemente masculino exigiu não apenas competência técnica, mas também resiliência e diálogo constante. Essas experiências permitiram que eu demonstrasse que as particularidades do olhar feminino, como a empatia e a habilidade de conciliar múltiplas demandas, são diferenciais importantes na gestão e no avanço de organizações complexas.

Foi também uma oportunidade de abrir portas para outras mulheres, mostrando que o espaço de liderança está ao alcance de todas que se dedicam e acreditam em seu potencial. Liderar com integridade, competência e respeito às diferenças reafirma que o equilíbrio entre os gêneros traz benefícios concretos, tanto em termos de inovação quanto de resultados sustentáveis.

2. Quais desafios enfrentados ao assumir papéis de liderança em um setor historicamente dominado por homens?

Um dos principais desafios foi vencer preconceitos e estereótipos relacionados ao papel da mulher na engenharia. Em muitas ocasiões, foi necessário provar minha capacidade técnica e gerencial de forma mais incisiva, enquanto para colegas homens a aceitação era quase automática. Além disso, equilibrar a liderança firme com a sensibilidade que valorizo como parte do meu perfil foi um exercício constante, mas recompensador.

Outro desafio foi fomentar um ambiente que promovesse a equidade de gênero. Muitas vezes, os obstáculos não estavam apenas nas percepções externas, mas em estruturas organizacionais enraizadas. Trabalhei para implementar políticas inclusivas, priorizando o desenvolvimento de equipes diversas, pois acredito que a combinação de diferentes visões e habilidades é o que realmente impulsiona a inovação e o sucesso.

3. Que conselho você daria para mulheres que desejam seguir carreiras de liderança na engenharia?

Meu principal conselho é acreditar em seu potencial e nunca se limitar por preconceitos ou barreiras impostas. Invista em sua formação técnica e busque se destacar com excelência em sua área. Além disso, desenvolva competências de liderança, como comunicação assertiva, tomada de decisão estratégica e habilidades interpessoais. Acredite que você pode liderar sem deixar de ser autêntica e fiel aos seus valores.

Também é fundamental buscar apoio e criar redes de contato. Conectar-se com outras mulheres líderes e colegas inspiradoras fortalece a confiança e traz novas perspectivas. Por fim, lembre-se de que a presença feminina em posições de liderança não é apenas um direito, mas também uma contribuição valiosa para transformar o setor, promovendo maior equilíbrio e inovação.

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