Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor - Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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2020 está chegando ao final, graças a Deus, e a vacina contra a covid 19 está despontando, graças a Deus. Já há países que estão começando a vacinação, embora a aprovação possa ter sido forçada, como nos Estados Unidos, por exemplo. Começaremos o ano de 2021 tomando a vacina e o novo ano será muito melhor, poderemos retomar algumas coisas do nosso "normal" antigo, como abraçar as pessoas, beijar, poder conviver sem medo de contaminação. E o Natal também vai chegando. E será diferente, muito diferente, por causa da pandemia.

Este será um Natal como nunca tivemos antes. Não poderemos reunir a família, não poderemos encher a casa, toda iluminada, abraçar a todos e ficar todo mundo perto um do outro, mesmo sendo verão. Como sempre foi. Este ano o Natal não será igual aos outros. Será um Natal um pouquinho solitário, pois só poderemos reunir nosso núcleo familiar mais imediato, de preferência aqueles que já moram juntos. Mas não vamos deixar o espirito natalino ficar fora de nossas vidas. Mesmo que sejamos duas, três, quatro pessoas, aquele Menino que nasce todos os anos nascerá de novo este ano, trazendo com ele a paz, a pureza verdadeira e o amor, quase esquecido. Trará ternura nas mãos, compreensão e carinho e esperança no olhar, como em todos os outros Natais.

Então, apesar de não podermos ter aquele Natal de consumismo que temos todos os anos, poderemos, sim, ter um Natal verdadeiro, por inteiro. Um Natal para dar as boas vindas ao Menino que, com pandemia ou não, nascerá para nós. Um Natal de renascimento, pois esta pandemia mudou as vidas de todos nós e podemos começar o ano novo renovados, aproveitando que tivemos que mudar para sobreviver ao vírus e ressurgirmos no novo ano como pessoas melhores, mais humanas e mais fortes, mais solidárias.

Este ano não fizemos os biscoitos de natal, nem o Bolo Rei, nem o bolo de frutas de Natal, nem vamos fazer o peru à califórnia, que eu sou maluco pelas frutas doces com a carne assada, que pode nem ser peru, pode até ser frango mesmo. Mas teremos, mesmo assim um belo jantar de Natal. As filhas e o neto Rio não estarão conosco e farão muita falta, mas estarão presentes no coração, como sempre, e convidaremos também o Menino que está para nascer para estar conosco à mesa. Será um Natal diferente, sim, mas será um Natal mais Natal, pois lembraremos mais no Menino eterno que nasce sempre para todos nós.

Para estar com todos neste Natal, mesmo estando longe, para avivar o nosso espírito de Natal, coloquei à disposição meu livro HISTÓRIAS DE NATAL - contos sobre a noite mais importante da cristandade, na AMAZON. E também meu mais recente livro, O VALE DAS AGUAS - o paraíso de água doce, crônicas sobre Corupá, a Cidade das Cachoeiras, com crônicas sobre a minha cidade natal e muitas fotos de suas belezas naturais. Corupá é um Natal permanente. A presença do Menino parece mais forte lá, pois "a natureza tem queda por Corupá". E quem é a natureza, senão o Menino que nasce mais uma vez? É só entrar na Amazon e pedir pelo título dos livros.

Feliz Natal para todos. Deixe o Natal acontecer. Não deixe que a pandemia tire de nós a nossa festa maior, a festa do coração. E essa festa não depende de aglomeração, ele acontece dentro de nós.