Professora Schirley

2006      HÁ  DE  SER  ANO  NOVO

         O ano que iniciará no dia 1º de janeiro de 2006 deverá ser um novo ano.

            NOVO  e  FELIZ.

            Todos cantam desejos de um feliz ano-novo. Mas o que significa, de fato, ter um ano feliz? Para alguns, tudo se resume ao sucesso financeiro; para outros, encontrar um emprego ou galgar uma posição social melhor; outros ainda sonham com a compra de uma nova casa ou de um novo carro. E não podemos esquecer que existe uma grande maioria que não tem com que sonhar. São pessoas que vivem sem perspectivas, marginalizados.

            O ano de 2006 há de ser outro ano, apesar dos 50 milhões de brasileiros que ?vivem? abaixo da linha da miséria.

             O ano de 2006 para ser feliz precisa marcar nossa história como o ano da vitória de uma nova concepção de país, de nação, de democracia, em que o ser humano seja o centro das ações do poder público.

            Para as mulheres, o ano de 2006 há de ser outro, apesar da grande discriminação e do aumento da participação feminina, na responsabilidade pelo sustento da família.

            Aos agricultores que trabalham de sol a sol, enfrentando as adversidades do tempo e a total falta de uma política agrícola, o ano de 2006 deverá ser outro.

            O ano de 2006 terá que reverter a situação da classe trabalhadora, arrochada pela carga de impostos e pela ?boca do Leão? e que espera por salários mais decentes e dignos.

            O ano de 2006 terá que incentivar as atividades dos empresários para que continuem sendo os grandes geradores de empregos.

            O ano de 2006 será um novo ano, se percebermos que ele não vira como um presente colocado ao nosso alcance, mas como conseqüência de nossas escolhas. E especialmente se, ao escolhermos nosso presente e nosso futuro, estivermos de olhos bem abertos para não cairmos nas armadilhas de quem apenas dá continuidade à exclusão social, ao êxodo rural, à miséria e à fome.

            Para mudarmos o mundo e nosso País precisamos ter a coragem de alterarmos radicalmente o curso da história : da injustiça para a cidadania: da guerra para a paz; do desespero para a esperança.

            Não é tarefa fácil, mas é possível para quem, como eu, acredita na capacidade transformadora do ser humano.

            Feliz ANO-NOVO! Que 2006 seja abençoado!

            Com carinho-  Professora  Schirley