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Ameaça Ambiental

Luiz Carlos Golin Marcelo Lago

A pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, divulgada pelo IBGE no dia 04.11.04 e realizada no período de 1996 a 1998 mostra que Santa Catarina está classificada como o 24  estado em investimentos com fins de proteção ambiental.

                Embora o estado apresente invejáveis indicadores sócio-econômicos, é o terceiro no país em descaso com a questão ambiental. Só dois estados investem menos que Santa Catarina na proteção do seu patrimônio natural, Roraima e Alagoas.

                Em Santa Catarina somente 0,32% de todo o dinheiro publico destina-se a fins de proteção ambiental. Enquanto as prefeituras do estado gastam, em média, 0,74% do que arrecadam com o meio ambiente, o governo estadual gasta somente 0,24%.

                A criação de suínos no oeste, a exploração de carvão no sul, o uso intensivo de agrotóxicos na agricultura e a falta de saneamento básico nas regiões urbanas são os principais inimigos do meio ambiente no estado.

                A criação de suínos agride o solo e principalmente os rios, afetando a pesca e diminuindo consideravelmente a qualidade da água. Do ponto de vista ambiental, os suínos apresentam índices alarmantes de poluição , pois estima-se que cada suíno produza dejetos equivalentes a cinco ou seis seres humanos, e o rebanho suíno catarinense é composto por aproximadamente 5 milhões de cabeças.

                No sul do estado, o aqüífero Guarani, a maior reserva de água potável do planeta, sofre um processo de degradação determinado pela utilização de agrotóxicos, e pelos rejeitos da indústria carbonífera.

                A falta de equipamentos e serviços adequados de saneamento básico no país é responsável pela morte de mais de 13 mil brasileiros por ano, principalmente crianças, em decorrência de doenças como a diarréia. A ausência de tratamento do esgoto e a coleta e destinação inadequada do lixo doméstico faz com que tenhamos estes números alarmantes. Em nosso estado somente 10% da população dispõe de cobertura de tratamento de esgotos.

                Esta pesquisa deve servir como um alerta as autoridades e a todos que anseiam pela implantação de um modelo econômico competitivo e também capaz de preservar o meio ambiente.

                As atividades econômicas citadas na pesquisa são de grande importância para a economia estadual mas precisamos pensar em soluções, conscientização de que quanto mais demorar-mos para agir visando recuperar o meio ambiente será pior para todos, a atual e as futuras gerações.           

 

 

Luiz Carlos Golin

Marcelo Lago

Acadêmicos de Tecnologia em Saneamento Ambiental

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