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ALZHEIMER

Adriana Zilio ?

 

                                    A população brasileira soma hoje mais de 170 milhões de pessoas, mas uma parcela crescente tende a não ser tão ativa quanto o esperado. Segundo o IBGE, 14,5 milhões já ultrapassaram os 65 anos de idade. Conseqüentemente, tem aumentado bastante a discussão sobre as doenças que atacam prioritariamente os mais velhos, como as doenças degenerativas e dentre elas, Alzheimer.

 

                                    As causas dessa doença ainda são desconhecidas. Apesar de ter sido descrita pela primeira vez pelo médico alemão Alois Alzheimer em 1960, ela ainda é freqüentemente confundida com esclerose ou ?caduquice?. Trata-se de erro grave, tendo em vista que a doença é uma forma de demência cuja causa não está relacionada com a circulação ou com a arteriosclerose, e sim com a morte de células cerebrais que leva a uma atrofia das suas funções.

 

                                    As funções do cérebro mais afetadas pelo Alzheimer são em geral memória, linguagem e comportamento. O diagnóstico é essencialmente clínico:  irritabilidade, falta de interesse e distração, falta de clareza de idéias, distúrbios no ciclo sono-vigília, alterações do humor e lapso de comportamento social. Por não existir um marcador biológico, não há exames laboratoriais que determinem com precisão a doença. Assim, por meio de uma série de exames clínicos, são afastadas outras hipóteses, e o índice de acerto do diagnóstico costuma ser de 90% a 95%, considerado alto em medicina.

 

                                    Portanto, quanto mais precoce for o diagnóstico e o início do tratamento, mais chances de preservar o portador.

 

                                    A medicação não cura, apenas impede a progressão da doença. O objetivo, então, não é prolongar tempo de vida, mas aumentar o período em que o paciente tem alguma qualidade de vida. Ou seja, ele pode ter esquecimentos, se perder às vezes, precisar de supervisão, mas talvez consiga reconhecer filhos e familiares, ter relacionamento social e uma certa independência, se alimentar sozinho.

 

                                    É errado comparar o portador de Alzheimer a uma criança. Ele não é igual a uma criança, pois já teve toda uma história de vida. Até porque uma criança você pode ensinar a comer, a pegar talheres etc., ou seja, as informações vão sendo absorvidas de forma crescente. E, no caso do paciente de Alzheimer, o processo ocorre de forma inversa, ele vai desaprendendo. Se a pessoa que cuida deste paciente insistir, só vai conseguir fazê-lo ficar nervoso e irritado. Por isso é preciso ter muito claro que ele não vai aprender.

 

 

Adriana Zilio ? PSICÓLOGA  CRP 12/03086

Rua Narciso Barison, 55 1ºandar  Capinzal/SC

Fone: 9975 9966

Atendimento: Segunda a Quarta

 

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