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Abastecimento De Água Potável - I

Luiz Carlos S. Golin Marcelo Lago

Ao abrirmos o registro de uma torneira, pegamos o copo e nos servimos com água, para aliviar nossa sede, no entanto não nos damos conta do rigoroso processo em que é submetida às águas oriundas da superfície ou subterrâneas, até chegar às residências com características físico-químicas, biológicas e organolépticas dentro dos padrões, sem riscos a saúde, ou seja, potável.

Desde os primórdios os povos se estabeleceram aos arredores de rios, facilitando a sua sobrevivência. Até então a água não ?necessitava? de tratamento, haja vista que as tecnologias de tratamento ainda não tinham sido descobertas.

Então os grupos humanos foram aumentando e com o passar dos séculos, passaram de vilas para cidades densamente povoadas, a concentração de indivíduos fez com que a probabilidade de infestação por agentes infecciosos aumentassem.

A água é indispensável ao organismo humano. A ingestão de água contaminada pode ser prejudicial à saúde, por possuir vários microorganismos de ação infecciosa.

Nos países em desenvolvimento o aumento da população, faz a demanda de água aumentar nas cidades e no campo, com isso, a qualidade da mesma é prejudicada. É adicionado um volume maior de esgoto aos corpos de água, aumentando a concentração de microorganismos patogênicos e materiais em suspensão e isso causa muitos problemas de saúde relacionados à água devido ao esgoto ser formado em sua maioria por dejetos humanos, principal veículo de transmissão de doenças. Nesses países são ceifadas mais de seis mil vidas de crianças acometidas de moléstias relacionadas ao saneamento.

No Brasil 60% das internações hospitalares são relacionados à deficiência de saneamento básico e 90% não tem água suficiente e em qualidade duvidosa.      Em regiões mais pobres do país a diarréia infesta 99% da população infantil menor de um ano de idade, a cada mil crianças setenta e três morrem antes de completar um ano de idade.

            Em 1908, a cidade de Jersey City, nos EUA, começou a usar o cloro elemento químico  que possue a propriedade de ser desinfetante, em larga escala para tratar a água com excelente resultados. Logo após, outras cidades grandes em todo o país começaram a usar o cloro na purificação da água.                                                                                    Para se ter uma idéia do tamanho do benefício que o cloro trouxe à população norte-americana, o número casos de febre tifóide, doença contraída pela ingestão de água contaminada, era de 25.000, em 1900, caindo para 20 casos em 1960. 

             Os anos 20 foram marcados por um grande feito na saúde pública brasileira. Em 1925, o professor Geraldo de Paula Souza - um expoente do saneamento básico e saúde pública, interferiu na aprovação em São Paulo no uso do cloro nas águas de abastecimento.

             Iniciada em 1926, em São Paulo, a cloração da água trouxe benefícios extraordinários para a população, como, por exemplo, a redução da incidência de febre tifóide e de outras doenças intestinais infecciosas. Se não houvesse a cloração das águas essas doenças estariam contaminando centenas de milhares ou até milhões de brasileiros.

             Hoje, a maior parte das cidades do Brasil e do mundo clora as águas dos seus sistemas de distribuição de água. Desde o início da cloração das águas no nosso País, vem contribuindo consideravelmente com o desenvolvimento do Brasil, tanto no campo econômico, como no social. Sem dúvida, as áreas de saúde pública e saneamento básico são as maiores beneficiadas. Apesar disso, a maioria das pessoas ainda não conhecem o conjunto de seus benefícios.

 Veja as figuras a baixo:

 

 

                                   Luiz Carlos S. Golin

Marcelo Lago

Acadêmicos de Tecnologia em Saneamento Ambiental

 

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