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O TEMPO jornal de fato

VOLTANDO NO TEMPO 1989 – 2024 – são 35 anos de trabalho prestado.

Livro Panorama Histórico do Município de Capinzal (SC), 1908 a 1965, de autoria do escritor Paulo Eliseu Santos.

CONCLUSÃO DA PONTE PÊNSIL

O desentendimento a respeito de onde e como deveria ser construída a ponte pênsil atrasou o início para a construção da ponte foi determinado pelo Governo do Estado de Santa Catarina através da Lei nº1.266, de 5 de setembro de 1919.

No entanto, havia dúvida sobre o local onde ela deveria ser construída.

Isso porque o artigo 1º da Lei citada não especificava o local, só rezava que deveria ser nas proximidades da estação ferroviária.

Surgem, então, duas interpretações. A primeira era composta por aqueles que entendiam que o artigo 1º da Lei nº1.266/1919 era claro ao mencionar no seu  texto de que a ponte deveria ficar próxima da estação ferroviária e ao lado esquerdo do terminal ferroviário.

A segunda era daqueles que entendiam que a lei não rezava onde deveria ser construída a ponte, mas mencionava que a ponte deveria ser próxima à estação férrea.

Não houve consenso, e a obra não foi iniciada na data prevista. No ano de 1933, houve um acordo sobre o local em que seria construída e, então, o trabalho foi iniciado e terminado dois anos depois, ou seja, em 1935.

Foi uma construção que exigiu muito trabalho, experiência  muito cálculo. Assim, a responsabilidade técnica ficou sob o cargo de José Zortéa, que teve como auxiliares principais Otávio e Aníbal Ferro.

Infelizmente, um ano depois, uma enchente destruiria essa ponte, e os distritos de Rio Capinzal e de Ouro ficariam privados dessa travessia. Novamente, a população se une para construir uma nova ponte, que ficaria pronta em 1937.

Em 1939, ouve outra enchente, a qual, em razão do volume de água no leito do Rio do Peixe, levaria a ponte, deixando os moradores dos distritos de Capinzal e Ouro sem essa via de ligação.

Devido a esse trágico acontecimento, a população dos dois distritos se organiza e constitui uma comissão pró-construção de uma ponte pênsil, que ficou assim formada: presidente Davi Cruz, secretário Luiz Gonzaga Bonissoni, tesoureiros Honorato Nepomuceno da Silveira, membros do Conselho Fiscal: Luiz Dutra, Pedro Baretta, Alexandre Thomazoni, Carlos Baretta e Juvita Lisboa. Essa comissão firmou um pré-contrato com a Empresa Construtora Ltda, de Joaçaba, que foi assinado em 1943, sendo que o prazo de entrega ficou acertado para o mês de janeiro de 1942. Por razões técnicas, foi concluída em 5 de fevereiro de 1945.

Registre-se que o técnico responsável por essa obra tinha o nome de Antônio Hollzman, era de origem austríaca.

O presidente da pró-comissão ponte pênsil, Davi Cruz, em ofício ao Governador do Estado de Santa Catarina, fez o seguinte comentário sobre a ponte pênsil:

O comprimento com os viadutos é de 136 metros, tendo 3,4metros de vão livre; a altura do nível normal da água é de 13 metros, possui dois pilares de concreto de cimento armado com 20 metros de altura, oito cabos de aço, com resistência calculada para 200 mil quilos; tem piso de madeira e grades metálica laterais.⁶

Cartas Recebidas: Governo Estadual ǀ Ano: 1945. Arquivo Histórico. Florianópolis, Santa Catarina.

De acordo com a descrição feita por Davi Cruz, foi uma obra de engenharia aprimorada para a região do Vale do Rio do Peixe.

Segundo alguns moradores antigos de Capinzal, essa obra foi considerada a terceira maior ponte pênsil do mundo no ano em foi inaugurada.

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Aldo Azevedo / jornalista

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