logo RCN

-ÉS FORMIGA OU CIGARRA???!!!...

  • - Evani Marichen Lamb Riffel

Reconto da fábula: A Cigarra e a Formiga (autor: Esopo)

       Era uma vez uma cigarra que cantava alegremente pousada no tronco róseo esbranquiçado do cinamomo, enchendo as tardes de verão de alegria.

      Nas proximidades as formigas em labuta diária carregavam em amplos carreiros fragmentos de folíolos verdinhos para o ninho, a prover as tulhas às agruras do inverno vindouro.

      ...O tempo passou e o inverno chegou!

      Toccc... Toccc... Toccc!!!

      -Óh, de casa, por favor abre a porta!!!

      A formiga se sentindo incomodada abre a portinhola apressada e pergunta com aspereza:

       -Que queres dona cigarra?

      A pobre cigarra enrolada em seu xalinho de paina a tremer descontrolada, responde baixinho:

      -Óh, tenho frioooooooooooooo e fooooooooooooome! Rrrrrrrrrrrrrrrs!

      -Ah, é mesmo? Agora estou lembrada! És aquela cigarra que passou os dias de sol e calor a cantar enquanto todo o formigueiro estava a trabalhar.

      -Eu mesma!!! Respondeu enfraquecida a cigarra, com a vozinha cantora das tardes ensolaradas, por ora entrecortada pela tosse resfriada: -cóff, cófff, cófff...

      -Pois bem, dona cigarra, danças agora!!!

      O estalido seco da porta que se fecha à caridade, só é menos dolorido, porque outro som se faz ouvir de uma porta vizinha que se abre e donde escoa um som melodioso e convidativo na voz de outra formiguinha, que diz:

      -Óh, então eras tu amiguinha que enchia nossas tardes laboriosas com teu canto gentil e estimulante, a abrandar a fadiga daqueles dias trabalhosos?

      -Venha, entre amiguinha!!! Aqui terás sustento, calor e uma mão amiga estendida durante o rigor invernesco.

      O inverno não eterniza cristais, o verão chegou, o sol brilhooooouuuu e a cigarra voltou a ser a alegre cantoooooooooooora naquele frondoso cinamomo.

P.S.

      Caro/a Leitor/a, em tempos de pandemia COVID-19, tu és:

-A Cigarra, desprovida nos invernos da vida?

-A formiga, despojada de dó, caridade, diante da carência alheia?

-A formiga simpática, solidária, compreensiva, que teve outro olhar para com a fragilizada cigarra em tempos difíceis?

-Essa reflexão nos conduz ao velho ditado popular que diz:

"Ninguém tem tanto que nada tenha a receber, nem tão pouco que nada tenha a oferecer."

*Pensemos nisso Leitor/a em tempos de distanciamento social durante a pandemia coronavírus, a COVID-19 que desacelerou o Planeta Terra...

"Parou, por quê? Por que parou?"

(...)

      *A fábula é um gênero textual narrativo, alegórico, que apresenta como personagens animais com características humanas como: a fala, os costumes, modos de vida. Além, é notório, a fábula traz a famosa moral da história: PRATIQUE-A, caro/a Leitor/a!


É BOM SABER... Anterior

É BOM SABER...

EFERVESCÊNCIA DO MAL Próximo

EFERVESCÊNCIA DO MAL

Deixe seu comentário