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Quem é, afinal, o usuário de Drogas?

Adriana Zílio/Psicóloga

 

        Se você acredita que só pessoas frágeis ou problemáticas estão expostas à sedução das drogas, com certeza está esquecendo a dificuldade que todos temos para nos livrar de comportamentos inadequados, quando esses são prazerosos. Da mesma forma que um dependente químico não consegue se livrar de seu vício, nós também persistimos em hábitos e atitudes sabidamente prejudiciais.

        É fácil encontrar exemplos: um regime para emagrecer requer muito esforço ? e é difícil ser bem sucedido na primeira tentativa; uma relação amorosa complicada e sem futuro pode aprisionar por muito tempo até pessoas amadurecidas e equilibradas; alguns profissionais competentes deixam-se mofar em empregos desinteressantes e sem perspectivas, seduzidos por uma ilusão de segurança. Não é preciso alongar a lista: que cada um tenha a coragem de procurar dentro de si a forma que toma a sua droga particular, seja ela uma pessoa, um lugar ou uma atitude.

       Esses exemplos mostram que qualquer um de nós possui a estrutura emocional necessária para desenvolver uma dependência, e que consciência e força de vontade não são suficientes para garantir que se tome o caminho do bem.

        O trabalho de prevenção do uso de drogas, sobretudo junto a adolescentes, exige a humildade de reconhecer que essa fragilidade faz parte do repertório humano. Quem acredita que o viciado é um pervertido, um doente mental ou um pecador não pode ser um educador eficiente, pois, diante do caso concreto de um jovem com esse tipo de problema, será incapaz de tomar as medidas adequadas: o mais provável é que procure livrar-se da ?encrenca?, expulsando o aluno ou recomendado sua internação, em casos em que isso não seria absolutamente indicado.

       Mas, se é verdade que o viciado em drogas tem as mesmas características que você, eu, também é verdade que muito de nós conseguem evitar esse tipo de experiência. O que nos terá livrado dessa prisão?

       Ao se fazer essa pergunta, você talvez encontre a figura de um adulto especialmente marcante, que o ajudou a fazer escolhas mais adequadas, ou perceba que, na época em que seus colegas e amigos experimentavam drogas, você estava envolvido em uma grande paixão ou tinha um interesse intenso ou profundo por uma causa ou atividade.

                                    Pense nisso!

 

Adriana Zílio/Psicóloga CRP 12/03086

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