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Lendo com você - 035

Da professora- Ana Schirley Favero.

 

            Uma grande parcela dos vestibulandos tem como bicho, no vestibular, a REDAÇÃO. A expectativa gira em torno disso: será DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO  ou DISSERTAÇÃO?

            Mas por quê? ? Hoje, o objetivo é destacar algumas considerações sobre a  DISSERTAÇÃO.

 

            Dissertar é questionar a realidade, expressando idéias a respeito de um assunto.

            A DISSERTAÇÃO exige reflexão e compromisso. É o tipo de texto em que importam as opiniões sobre os fatos, a postura crítica diante do mundo e reflexões que contribuam para o aprofundamento da discussão sobre os temas postos pela própria vida em sociedade.

            Ela se desenvolve sempre em torno de um tema (assunto), ao qual se agregam argumentos, que culminam numa tese(idéia passível de discussão).

            Assim, a condição básica para produzir uma dissertação é o conhecimento que se tem do assunto a ser discutido. Se nada ou pouco se souber, nada ou pouco se escreverá.

            Tendo-se informação suficiente, o passo primeiro é a organização dos dados que se tem à mão, para chegar à defesa de uma idéia.

            A maneira de estruturar uma dissertação desempenha papel decisivo na clara articulação das idéias. 

            Introdução  do texto dissertativo é a parte que se destina a abrir o assunto, numa espécie de convite à reflexão.

            Desenvolvimento-são os argumentos utilizados para fundamentar o assunto que será defendido. O desenvolvimento fornece exemplos, dados, comparações, causas e conseqüências, justificativas, explicações, juízo.

            Conclusão- é fecho, arremate, acabamento. Sintetiza o que foi dito, dando uma resposta á questão exposta no início.

            O Título- é síntese, resumo, integração.

            Na dissertação, a linguagem é, essencialmente, denotativa. A análise e a crítica têm caráter informativo e objetivo, predominam a intelectualidade e o raciocínio.

            Portanto, o aluno precisa ler bastante, buscar subsídios na leitura, colher referenciais para, então, partir para a escritura.

            Os alunos do Laboratório de Redação leram textos, cujo assunto era A   Televisão. Em seguida foi feita a interpretação e destacadas as idéias principais e depois de organizar os dados, partiram para a produção.

 

            Eis um resultado bem interessante:

 

                                                A   Televisão   Brasileira

 

            A televisão brasileira precisa, urgentemente, receber um choque de responsabilidade ética, pois apresenta, na maioria das vezes, uma programação cheia de vulgaridade e imoralidade, anulando a educação da futura geração.

            O controle remoto é acionado e eis a telinha colorida e apelativa. As cenas mais comuns:violência, insinuações, sem limites, para a prática do sexo, apelos para o consumismo desenfreado, mesmo os nocivos à saúde como o fumo e álcool.

            Os programas televisivos são voltados para o lucro das emissoras e não aos interesses da sociedade. O maior objetivo é levar o telespectador ao consumismo. Não interessam valores morais, muito menos os programas de cultura e educativos, nem a convivência familiar. A TV  seqüestrou da família o diálogo e o calor humano.

            A televisão brasileira precisa de atitudes como a dos Estados Unidos e da Inglaterra. Que exista a lei rigorosa da comunicação, um código de ética que deve ser obedecido pelas emissoras de televisão.

            E o que resta aos brasileiros é sair da condição de omissos e conformismo. A luta deve ser por uma televisão voltada a programas de conteúdo moral e que obedeça a princípios de boa formação humana.

 

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            A dissertação acima apresenta clareza, objetividade e coerência. Principais quesitos da boa dissertação. Para isso, basta muita leitura para que a escritura possa ser embasada e segura.

            Parabéns às alunas:  Danieli lanhi e Simone Zeni.

                                         

                                            Da professora-  Ana Schirley Favero.           
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