Professora SCHIRLEY

UM GRANDE DESAFIO PARA A CIÊNCIA E PARA A SAÚDE PÚBLICA.

            Causa revolta, amedronta, mas é a grande realidade: o Brasil é um dos países da América Latina que menos investem em saúde pública. 80% da população com diagnóstico de câncer atendida pelo SUS (sistema único da saúde) tem acesso a terapias já ultrapassadas; 70% dos exames papanicolau são imprecisos. Esses e outros dados alarmantes foram revelados no 14º  Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, realizado no Rio de Janeiro entre os dias 19 a 22 de outubro de 2005.

            Enquanto a Argentina investe R$ 300 bilhões (697 per capita) por ano em saúde pública, o Brasil aplica somente R$ 91 bilhões (271 per capita) , ficando atrás até mesmo da Costa Rica, onde o investimento per capita é de 285.

            Os recursos do SUS são insuficientes tanto para tratar quem já está doente quanto para fazer uma política adequada de prevenção.

            Contudo, a boa notícia é que grande parte das neoplasias é evitável por meio da mudança de hábitos.

            Uma dieta com pelo menos cinco porções de frutas e legumes por dia reduz a incidência de câncer em até 20 % . Se essa dieta saudável for associada à prática de atividade física e controle de peso, as chances de evitar a doença aumentam para 30%. Quem não fuma, corre menos riscos ainda.

            Uma dieta adequada pode evitar:

1-     até a metade dos casos de câncer de mama.

2-     Três entre quatro casos de câncer de estômago.

3-     Três entre quatro casos de câncer colo-retal.

4-     Também é recomendado cuidado especial com infecções ginecológicas.

5-     É possível prevenir até 30% dos cerca de 10 milhões de novos casos de câncer que ocorrem, por ano, no mundo.

Contudo, há que se rezar muito para que os cientistas descubram a cura do câncer.

Ao contrário do que muita gente imagina, apenas10% dos tumores são hereditários, os outros 90% são causados por mutações externas. Se abolirmos o tabagismo, a incidência de câncer reduz em 30%, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia, Roberto Gil. O câncer de pulmão, inclusive, é o que mais preocupa, pois não responde bem às terapias e é o 1º em causa de morte por neoplasias no mundo.

                        Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), estima-se que entre o sexo feminino, os principais tipos de câncer são de pele, com 56.6 mil novos casos este ano, seguidos de mama e pulmão. Depois vem estômago, colo de útero, cólon e reto. Nos homens, os principais tipos são de pele, seguidos de pulmão e estômago. Na seqüência estão câncer de próstata, cólon e reto e esôfago. Há um crescimento de câncer de pele entre populações pardas. É um tributo a ser pago pela destruição da natureza.

                                    Saiba mais:

                        No Brasil- 467.440 é a estimativa que o País registrará em casos de câncer, sendo..

                        229.610 em homens e...

                        237.830 em mulheres, este ano

                        16.540 novos casos de câncer na região Norte.

                        72.720 novos casos na região Nordeste

                        27.720 na região Centro-Oeste.

                      100.830 na região Sul.

          250.110 na região Sudeste.   ( fonte- Jornal A Notícia- outubro- 2005.)

                        O que nos resta é lutar por uma política de prevenção e diagnóstico preciso.  E mais: que o brasileiro tenha a condição digna de um bom plano de saúde, com direito a um tratamento de ponta. O mercado já disponibiliza drogas avançadas, de eficácia comprovada e poucos efeitos colaterais.

                        O que falta é vontade política por parte dos governantes. A revolução social se faz através de educação e saúde. Para isso bastam investimentos.  

                        A REDE FEMININA  DE COMBATE  AO CÂNCER  DE  CAPINZAL , neste mês de novembro, em que se enfatiza o COMBATE AO CÂNCER, faz a sua parte: leva informação e faz prevenção, com exames voltados ao diagnóstico do câncer do colo uterino.

                                    Com carinho-  Professora SCHIRLEY

                                                 ( como voluntária da Rede Feminina)