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BASE HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO NO MUNDO I

  • Jor. Adelcio Machado dos Santos (MTE/SC nº 4155 - JP) Diretor da Associação Catarinense de Impren - Jor. Adelcio Machado dos Santos (MTE/SC nº 4155 - JP) Diretor Regional da Associação Catarinense de Imprensa (ACI).

Artigo

 

Na Grécia antiga, dada a supremacia do estado, a educação visava preparar os jovens para as relações com a cidade-estado. Cada estado exiba características próprias e os sistemas educacionais deviam adaptar-se a elas para preparar adequadamente a juventude. Deste fatos promanam as concepções de Platão e de Aristóteles.

De uma educação uniforme, regulamentada em seus mínimos detalhes pela autoridade estatal e compulsória para todos os homens livres. Platão, na República e nas Leis, mostra a que extremos pode chegar a educação quando exorbita os aspectos essenciais da vida.

O cidadão-guarda do estado ideal não tem direito à vida doméstica e aos laços familiares. Aristóteles não chega a esse exagero, mas considera a educação familiar prejudicial à criança.

O sistema educacional que mais se aproximou dessa concepção foi o adotado por Esparta, onde os jovens eram preparados sob a supervisão direta do estado, em espécie de bivaque marcial: os rapazes tornavam-se guerreiros, e as moças preparavam-se para se tornarem mães de futuros guerreiros.

 Em Atenas, havia leis que dispunham sobre a frequência às escolas dos filhos dos cidadãos livres, e os estabelecimentos de ensino eram regulamentados por legislação especial.

Os instrumentos de educação mais em harmonia com a concepção e a cultura gregas eram a música e a cultura literária e artística nacionais, para desenvolver o espírito da lealdade à pátria; e a ginástica para o corpo. Esta era individual, e só indiretamente visava estreitar os laços sociais.

À medida que a cultura ateniense avançava, os estudos de natureza intelectual assumiam maior importância e a educação física entrava em decadência. Essa tendência provocou críticas, segundo as quais os jovens efeminavam-se pelo excesso de conforto. Mas uma força desintegradora, a que inutilmente se opuseram Platão e Aristóteles, já comprometera o sistema educacional: a retórica dos sofistas.

Na cidade-estado democrática, o orador facilmente se tornava um demagogo, pois a oratória abria caminho à ambição pessoal, e induzia os jovens às escolas dos sofistas. As relações cada vez mais estreitas entre os estados gregos aproximaram os ideais cívicos e trouxeram uma concepção mais cosmopolita da educação.

O processo completou-se com a perda da independência das cidades-estado, sob domínio macedônico.

A universidade da Atenas, por exemplo, foi o resultado de uma fusão das escolas filosóficas privadas com a organização estatal para a educação dos rapazes.

Existiram outros centros de alta cultura, sobretudo em Alexandria, onde o contato do pensamento grego com as religiões e filosofias do Egito originou as filosofias místicas, que culminaram no neoplatonismo. Em Atenas, a educação transformou-se numa retórica vazia, até que a universidade foi fechada por Justiniano, no ano 529.

Quando os romanos conquistaram a Grécia, já encontraram um sistema educacional decadente. No início da república, a educação romana era ministrada na família e na vida social.

O pai tinha poder ilimitado sobre os filhos e era publicamente censurado quando fracassava no ensino dos preceitos morais, cívicos e religiosos. Ainda não havia escolas, mas o jovem aprendia a reverenciar os deuses, a ler e a conhecer as leis do país.

 

 

 

 

 

 

 

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