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O TEMPO jornal de fato

SER PROFESSOR NA TERRA EM QUE NASCI!

Professor Me. Ciro José Toaldo

O magistério é uma carreira magnifica! Aliás, tenho orgulho e muita gratidão pelos quarenta anos relacionados ao serviço da educação, seja ela pública ou privada! Desta minha Terra Natal sempre será levada as boas lembranças, afinal nela tudo se iniciou e, atualmente como aposentado na Rede Municipal, somente a consegui devido ao tempo de serviço incorporado relacionado à Rede Estadual de Educação de Santa Catarina!

Contudo, demonstro indignação perante as autoridades deste meu estado de origem, bem aos líderes dos professores locais, pois há precariedade no Plano de Cargos e Carreira. Algo que em meu estado existe há quase trinta anos. Portanto, este é um ponto que causa frustração por saber do quanto nossa profissão representa!

 Ademais, tenho consciência dos imbróglios que ocorrem entre efetivos e contratados, na realidade, todos merecem atenção e não poderia haver discrepância, visto que, sendo professor se adentra em sala de aula e trabalha-se arduamente. Evidentemente o efetivo deve passar em concurso público e, o contratado, deverá enfrentar essa questão!

Outro ponto de perplexidade, especificamente quanto a minha Terra Natal é não existir um órgão exclusivo para administrar as aposentadorias dos funcionários públicos municipais, conhecido como ‘Fundo Previdenciário Próprio’, desvinculado da prefeitura e que mantem o salário dos aposentados! O INSS tem suas regras próprias e este Fundo, quando bem dirigido irá trazer tranquilidade aos funcionários de seu município!

Estas discrepâncias devem levar todos os cidadãos refletir. Entendendo que o Brasil é gigantesco, mas, não há como concordar que em Santa Catarina e, sobretudo em Capinzal, tenhamos uma diferença tão brutal, como a verificada; a aposentadoria que recebo por 20 horas semanais em meu município do MS é duas vezes maior que 40 horas de um professor desta Terra! Absurdo essa discrepância!

Não escrevo para atacar nenhuma administração, sobretudo quem está de saída, este é um problema antigo, entretanto, a educação precisa deixar de ser meramente algo eleitoreiro, deve sair dos palanques politiqueiros ou de meras propostas de governo, ela deve ser levada com maior seriedade!

Sindicatos ou Associações de Classe, sobretudo de professores, precisam investir na causa profissional e não na causa ‘politiqueira’, este é um problema sério de meu município e estado e que está presente em grande parte do país, sobretudo pelo partido que se diz defensor do trabalhador estar no comando do país! Nossa profissão é digna, contudo, precisa de reconhecimento salarial! Neste momento passou um filme em minha mente, pois desde que deixei Capinzal, no final dos anos de 1980, tínhamos uma luta gigantesca para, além de receber nossos salários, ter a dignidade de ‘não morrer de fome’, dado a misérias que recebíamos!

A vida e a espiritualidade me apontaram outros rumos, pelo qual sou imensamente grato. Como crioulo desta Terra, inclusive profissionalmente, sinto-me apenas no desejo de expor, por meio de minha opinião, essa comparação do município onde resido e que está adiantado em relação à valorização do magistério!

Oxalá que a nova administração que assumirá o governo municipal, tendo a colaboração dos novos legisladores, engaje-se para amenizar a questão da desvalorização salarial do magistério, sabendo que são os imprescindíveis para a prosperidade deste munícipio que é pujante, altaneiro e audaz. Lembro que nas propostas da coligação vitoriosa de Capinzal, há muitos pontos que estão relacionados ao setor educacional!

Que os professores sejam valorizados e não sendo vistos como causa de gasto aos cofres públicos, na verdade, eles são solução aos problemas persistentes na sociedade individualista e preconceituosa que estamos inseridos!

Pense nisto e até o próximo!

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