comprar alguns presentes de última hora para o Natal.
Havia muita gente ao redor e ela ficou incomodada com a situação. Pensou consigo mesma: Ficarei aqui uma eternidade, e tenho tantas coisas a fazer.
Um tanto depressiva, ela pensava em como o Natal estava se transformando em um grande comércio.
Andou rápido por entre as pessoas e entrou numa loja de brinquedos. Mais uma vez se surpreendeu reclamando dos preços. Perguntava-se se seus netos realmente brincariam com aquilo.
Partiu para a seção de bonecas. Em um dos corredores encontrou um menino, de aproximadamente cinco anos, segurando uma boneca valiosa.
Estava tocando seus cabelos e a segurava com muito carinho. A senhora parou e ficou olhando a cena fixamente, perguntando-se para quem seria aquela boneca.
Em seguida, se aproximou do menino uma mulher a quem ele perguntou: Não tenho dinheiro suficiente, tia? E a mulher lhe falou impaciente: Você já sabe que não tem o dinheiro suficiente para comprá-la.
Depois, disse ao menino que permanecesse onde estava enquanto ela buscava outras coisas que lhe faltavam. O menino continuou ali, segurando a boneca com muito carinho.
Após algum tempo, a senhora se aproximou e perguntou-lhe para quem era a boneca e ele respondeu: Esta é a boneca que minha irmãzinha queria muito ganhar, no Natal.
Ela estava certa de que a ganharia neste Natal, disse o garoto com certa tristeza.
A senhora se compadeceu e disse ao menino que, no Natal, levaria a boneca para sua irmãzinha, mas ele falou: Não, a senhora não pode ir onde minha irmãzinha está.
Eu tenho que entregá-la à minha mãe para que ela leve até à minha irmãzinha.
E onde está sua irmã? - Perguntou.
O menino, com um olhar de tristeza, disse: Ela se foi com Jesus. Meu pai me disse que a mamãe irá encontrar-se com ela, em breve.
A mulher sentiu um grande aperto no coração. E o menino continuou: Pedi ao papai para falar com a mamãe para que ela não se vá ainda.
Disse-lhe para pedir a ela que espere até que eu volte do Shopping.
Em seguida, o garoto tirou do bolso algumas fotografias que tinham sido tiradas em frente ao Shopping e falou: Vou pedir ao papai que leve estas fotos para minha mãe, para que ela nunca se esqueça de mim.
Gosto muito da minha mãe, não queria que ela partisse. Mas o papai disse que ela tem que ir encontrar a minha irmãzinha.
Enquanto o pequeno olhava a foto, a senhora tirou da carteira algumas notas e pediu a ele que contasse o dinheiro novamente.
Ele contou e disse satisfeito: Estou certo de que será suficiente. Agora posso comprar a boneca.
E disse ainda: Eu acabei de pedir a Jesus para que me desse dinheiro suficiente para comprar esta boneca para a mamãe levar até à minha irmãzinha, e Ele ouviu a minha oração.
Eu pedi, ainda, para que o dinheiro fosse suficiente para comprar também uma rosa branca para a minha mãe, e Ele acaba de me dar o bastante para a boneca e para a rosa.
Sabe, minha mãe gosta muito de rosas brancas...
Em alguns minutos, a tia do garoto voltou e a senhora se foi.
Enquanto terminava suas compras, agora com uma disposição bem diferente, ela não conseguia deixar de pensar naquele menino.
Lembrou-se de uma história que havia lido num jornal, dias antes, a respeito de um acidente causado por um condutor alcoolizado, no qual uma menininha morrera e a mãe ficara em estado grave.
Deu-se conta de que aquele menino pertencia àquela família.
Dois dias depois, ela leu no jornal a notícia de que a mulher acidentada havia morrido.
Não conseguia tirar o menino da mente... Comprou um buquê de rosas brancas e as levou ao funeral...
Lá estava o corpo de uma mulher... com uma rosa branca numa das mãos, uma linda boneca na outra, e a foto de seu filho em frente ao Shopping.
Grossas lágrimas rolaram do rosto daquela senhora ao perceber a grandeza do amor daquele menino pela mãe e pela irmã...
Um amor que a morte não conseguiu apagar...
Um amor que vai muito além da existência física...
O verdadeiro amor que Jesus, o Mestre tão pouco lembrado, veio ensinar à Humanidade...
Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 7 e no livro Momento Espírita,
v. 2, ed. Fep. Em 25.04.2011.
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