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Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa
Deus me curou”; “Deus me ajudou”; “Foi milagre de ´Deus´”... Você já deve ter ouvido essas frases por aí. Ter fé significa ter confiança, ter esperança, ao mesmo tempo que significa ter incerteza, dúvida. Se você tiver certeza que algo vai acontecer, não precisa ter fé. A fé é uma atitude emocional/espiritual que surge quando acaba a possibilidade racional.
Quando o médico afirma que não há mais nada a ser feito, as pessoas apelam para o universo espiritual. Um campo desconhecido, repleto de inúmeras interpretações dadas pelas diferentes religiões. O catolicismo até oferece um menu de diferentes santos para diferentes enfermidades, São Brás para a garganta, Santa Luzia para os olhos e assim por diante...
A fé passa a operar e agir na pessoa que acredita, faz a mediação entre esse universo racionalmente desconhecido, repleto de interpretações e a realidade de dor e angústia que é real e conhecida. Nesse momento em que a pessoa começa a acreditar em um milagre, ela se apoia em alguns relatos transmitidos por parentes e amigos... E tudo vai potencializando e gerando um universo de esperança para fora da racionalidade e ciência.
A única certeza de quem tem fé é o sentimento de esperança em algo para além do que a ciência ainda não desvendou. Então a pessoa mergulha nesse universo marcado pela subjetividade, construida a partir do que ouviu desde criança, seja pela família, amigos ou dentro de sua igreja. Sua mente constroi, então, um universo paralelo de uma certeza emocional mas nada racional, ou seja sem uma lógica. E essa “certeza emocional” também chamada de fé projeta uma realidade objetiva, de acordo com as crenças aprendidas por esta pessoa. Se a pessoa foi educada no cristianismo, essa realidade objetiva vai se chamar “Deus” ou “Jesus”, ou no catolicismo, os santos... E as igrejas oferecem um menu de mediações: água benta, Bíblia, benção do padre e pastor, relíquias, terra de Jerusalém, etc... E o problema é que muitas igrejas se aproveitam dessa construção subjetiva dos fiéis para vender seus produtos e serviços...
Escrevo isso para dizer que o objeto de sua fé, seja qual nome tiver (“Deus”; “Alá”, “Buda”; “Jeová”; “Orixás”...) não passa de uma projeção da sua mente que foi formatada pelos adultos, e transmitido a você, desde criança. E se por acaso você achar que foi curado por alguma dessas divindades, não há como provar. A única coisa que se pode afirmar, é que ainda não há explicação científica. A sua fé é uma projeção em algo desconhecido.
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