Na opinião de Rosseti, a Prefeitura deveria pagar as despesas da Câmara de Vereadores e não repassar recursos, inclusive, é contra as diárias concedidas e sugere redução de salários

O cidadão Hilário Rosseti, morador da Vila Anchieta, município de Capinzal (SC), na terça-feira, 21 de Dezembro de 2016, esteve na Redação de O TEMPO - um jornal de fato, nos entregando a sua manifestação, sendo assim intitulada: Protesto de um cidadão eleitor. A nossa Reportagem achou por bem colocar parte do descrito e não o contexto em si, para ser mais coeso e ir direto ao ponto.

Rosseti descreve que não se deve pensar que é só quem tem estudo como entende certos políticos, citando que a inteligência e a sabedoria é um dom concedido por Deus.

Quanto ao projeto para o aumento de mais dois vereadores, que da primeira vez foi a pauta aprovado por todos, mas vendo a rejeição da população e das entidades, os parlamentares se viram obrigados a voltar atrás, então votaram contra e arquivaram o mesmo.

Prossegue Rosseti, vou dar uma sugestão para os vereadores: Junto com o arquivamento do tal projeto, devem criar uma emenda que só pode voltar a ser aprovado se for trabalho voluntário, isto é, sem salário, pois no futuro um mal intencionado pode vir a aprovar o projeto usando do dinheiro público.

Conforme o autor do texto, pode ser que tem vereadores achando que o dinheiro repassado da Prefeitura para a Câmara é deles. Se ainda não sabem, o dinheiro do salário dos vereadores, que por si só, já é demais, e para outros encaminhamentos é dinheiro público e que pode, numa desta estar sendo usado de maneira errada. O dinheiro é para ser investido em benefício da população e quem sabe não próprio.

Tenho um elogio para os nossos políticos: Vamos comparar quando os vereadores não tinham salários e o trabalho era voluntário, as despesas da Câmara eram bancadas pela Prefeitura e eram poucos funcionários. Quem sabe, no momento em que os deputados inventaram o salário para os vereadores, quem sabe para poder pagar seus cabos eleitorais, tudo mudou.

"Vejo certos vereadores apenas preocupados com seu partido político e não com o município. É só notar quando surgem duvidas na Câmara, eles não ouvem a população e fazem reuniões com seus partidos", lamenta o mesmo.

Rosseti apresentou os custos, sendo na época 2011 o presidente da Câmara recebia R$ 4.278,80 e em 2014 R$ 5.719,62. Já os vereadores em 2011 R$ 2.852,53 e em 2014 R$ 3.815,09.

"Há pouco tempo comecei entender a diferença do orçamento da Câmara de Vereadores com a agricultura". Prossegue Rosseti, sendo o orçamento de 2014 Câmara R$ 3.032.500,00 e da Agricultura R$ 1.235.815,00. A diferença é mais que o dobro, no valor de R$ 1.796.685,00 a favor da Câmara. Pergunta: Qual o retorno eles dão ao Município? Assim questiona Rosseti.

O Cidadão vai mais longe: Qual foi o valor em dinheiro que os vereadores conseguiram com os deputados que eles representam? Ironiza Rosseti: principalmente estes que vivem fazendo cursos. Um absurdo é o fato do prefeito ser obrigado a repassar mais de R$ 266.000,00 por mês para a Câmara, pois é lei e é o que explica a sobra de dinheiro na casa legislativa, que é devolvido para a Prefeitura investir em obras, fazendo com que pareça essa devolução ou "boa ação" para ter moral em cobrar obras sem mostrar seus gastos.

"No meu ver, as despesas da Câmara deviam ser pagas pela Prefeitura, sendo que o dinheiro não passaria por repasse e mostraria o quanto o município poderia economizar, pois tenho uma informação sobre as diárias. Os cursos que os vereadores fazem, podem não ajudar a população e o município, nua desta, servindo para uma única coisa, o uso das diárias. No final de 2014 o município não tinha verba para abrir a estrada da Vila Anchieta, que servia para muitas coisas, inclusive, para uma carreta levar material na empresa dos meus filhos. Tive de pagar pelo serviço, sendo que, dias depois, uns vereadores e funcionários da Câmara, totalizando 10, os quais foram a Florianópolis fazer uso das diárias e gastar em torno de R$ 15.000,00. Gastos com diárias em 2011 (R$ 68.960,00), 2012 (R$ 54.020,00), 2013 (R$ 124.400,00), 2014 (até dia 03/12) R$ 122.640,00 que totaliza em quatro anos R$ 370.020,00. Se eles acharem que estou errado em criticar ao me manifestar sobre os vereadores que fizeram esses cursos, que esclareçam para os eleitores que votaram neles. Qual o benefício para a população ou município teve?". Rosseti descreve, as matérias políticas são sempre destaque e os gastos e prestações de contas ficam por último, sem ênfase nos jornais. Qual a explicação?

"Tenho um questionamento a fazer: Alguém me falou que para ser vereador deve ser uma pessoa com formação escolar ou faculdade, onde que, particularmente discordo, pois no meu ver pessoa honesta e inteligente já basta. Sendo que os maiores roubos e desvios de milhões vêm de pessoas que não são analfabetas. Para bons projetos não é necessário estudo, e sim, interesse pelo povo e no município, que se tem na vida prática, como as estradas do interior que são abandonadas sem lembrar que dependemos da agricultura também. Pensem comigo.... Poderiam espelhar-se em exemplos como Lacerdópolis e Piratuba, que tem boa parte do interior asfaltado, e pensar que com os salários absurdos e diárias que tem os vereadores, poderiam ter feito muito asfalto cidade adentro. Imaginem o retorno que o município teria para investir na educação, saúde, segurança e obras... Pensem nisso!" Hilário Rosseti.   

Rosseti também disse, que o Jetta da Câmara doado para a Prefeitura passou ao uso da Secretaria de Saúde, que o Legislativo não venha comprar outro carro, já que são pagas diárias para se deslocarem e não teria a necessidade de uma nova aquisição.   

Também comentou novamente Rossetti, que no último mandato foi colocado em votação o aumento de duas cadeiras no Legislativo de Capinzal, de nove para 11, sendo em primeira votação deu unanimidade, então entidades representativas e o povo se manifestou contra. Já na segunda votação, foi contrária, por unanimidade contra o aumento e permaneceu com os nove vereadores.

Rosseti lembrou que o vereador e presidente do Legislativo queria a redução dos salários dos homens públicos, sendo do prefeito, vice-prefeito, vereadores e até de secretários, mas não logrou êxito e nem sequer conseguiu a reeleição, no entanto, parabeniza o ex-parlamentar pela iniciativa, a qual na sua opinião deveria retornar a Casa e fazer valer a mesma. Sugere ao atual Presidente do Legislativo que estudem, analisem e se realmente pensam em Capinzal e sua gente, deixem de lado partidos e coligações e venham a fazer uma redução de gastos, inclusive, de diárias e vencimentos dos edis.