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Deputado Sargento Soares questiona coerência ideológica e conduta ética da direção do PDT

Abertura de uma sindicância

 

 

            O deputado Sargento Amauri Soares tornou pública a abertura de uma sindicância, através de uma comissão de ética da direção estadual do PDT, com o objetivo de decidir sobre sua permanência no partido. Para o parlamentar, a instalação da comissão é ilegítima, pois, de acordo com o estatuto do PDT, a comissão deve ser eleita em convenção. No entanto, essa comissão foi nomeada pelo diretório estadual para avaliar um caso específico.

            "Isso indica que a comissão é ilegítima porque seus integrantes foram eleitos para aquela causa, para julgar um deputado, em um momento específico. Não é uma instituição permanente", argumentou. "Aliás, uma comissão de ética permanente no PDT teria bastante trabalho", afirmou, se referindo às recentes denúncias da operação Esopo, da Polícia Federal, que apura fraude em licitação e desvio de recursos públicos no Ministério do Trabalho - hoje dominado pela direção pedetista.

            O deputado falou ainda sobre a decisão do PDT estadual de integrar o governo de Raimundo Colombo, feita na mesma reunião que criou a comissão de ética específica. "Será coincidência o PDT precisar se livrar do único deputado para se aliar ao governo Colombo, quiçá ganhar uma secretaria?", questionou.

            Sargento Soares falou que durante todo seu mandato manteve posição intransigente em defesa da classe trabalhadora e militante das causas populares. Para ele, os termos da representação da comissão de ética são ofensivos à honra, dignidade e integridade de sua trajetória política. “Alegar que o deputado só pensa em si só pode ser entendido como verdadeira por alguém absolutamente alheio à política e à sociedade catarinense", disse. "Temos dedicado muito da nossa vida às causas coletivas, dos trabalhadores, das questões ambientais, da mobilidade urbana".

            A postura da direção do PDT que promoveu diversas alianças políticas nos últimos anos também foi objeto de crítica do deputado. Desde 2006, a direção do partido se aliou ao governo de Luiz Henrique da Silveira, com a chamada tríplice aliança, até abril de 2010. Dois meses depois, compôs chapa com a oposição à esse governo, através da candidatura da ex-deputada Angela Amin, indicando o candidato a vice. Também apoiou o ex-prefeito da Capital, Dário Berger, que é inimigo eleitoral da família Amin.

            "O PDT que foi de Luiz Henrique e Angela Amin, e voltou a Dário Berger e os seus, agora quer participar do governo Colombo. E como esse deputado não vai mudar sua conduta, então é preciso que eles busquem se livrar quem atrapalha suas negociatas e seus acordos espúrios", disse. "Com essa conduta, esse parlamentar nunca coadunou e jamais vai concordar. Nossa posição é e sempre será pela esquerda".

 

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