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Viriato Almeida de Souza

Homenagem póstuma

      Ouro perdeu, no dia 17 de maio de 2004, o ilustre cidadão Viriato Almeida de Souza, natural do Distrito do Leão, quando este pertencia a Campos Novos. Nasceu ali em 13 de outubro de 1922.

      Aos 15 anos, em 1938, veio morar em São Carlos, próximo à Comunidade de Santa Bárbara, onde permaneceu até 1945, quando foi residir em General Góes, para trabalhar na estrada de ferro. Em 1946 veio para Joaçaba, onde continuou a trabalhar na ?Rede?.

       Nos anos que viveu em Santa Bárbara, em plena juventude, entre seus 15 e 23 anos, casou-se com Dona Aurélia Póggere, que era natural de Antônio Prado (RS).

       Teve forte atuação comunitária. Era um líder calmo, dinâmico e com muitas iniciativas. Em 1940, aos 18 anos, tornou-se o primeiro professor da escola local, ministrando aulas para as crianças da comunidade de Santa Bárbara, tendo ajudado a construir a primeira escola.

       Também ajudou a construir a primeira capela, e sugeriu que a Santa Padroeira do lugar devesse ser Santa Bárbara, idéia que foi aceita e que acabou se tornando, inclusive, o nome do lugar. Achava que era um nome bonito e tinha grande devoção pela Santa.

     Juntamente com um amigo, Narciso Pasquali, fundou o time de futebol local, ao qual deram o nome de Esporte Clube Beija-flor, que permanece até hoje. Instalaram sua Sede num pequeno clube, de propriedade de Eugênio Tessaro. 

     Sempre buscando novos desafios, prestou concurso para trabalhar na estrada de ferro, ingressando em 1945, na estação de General Góes, onde trabalhou com ?ponteiro?, uma espécie de marreteador de grampos que prendem os trilhos da estrada de ferro aos dormentes de madeira. Um ano depois, já fazia incurso na estação ferroviário, ajudando no atendimento, expedição de cargas e até mesmo na telegrafia, o que valeu uma promoção e transferência para a estação de Herval d?Oeste.

        Trabalhou 8 anos na ?Rede?, e paralelamente, realizava trabalhos na agricultura.

        Mais tarde veio trabalhar na Prefeitura de Capinzal, onde, pela sua maneira de ser e sua capacidade de conduzir os operários, foi capataz das turmas de trabalhadores. Ali, atuou até há sua aposentadoria, quando se recolheu a sua residência, em Ouro, onde viveu até a poucos dias.

      O Sr. Viriato nos deixou aos 84 anos, depois de ter cumprido na terra a missão que Deus lhe confiou. Constituiu uma bela família, com 05 filhos (Nair, Lídia, Ivanir, Valdir e Altivir); 16 netos e 10 bisnetos.

      Pela sua maneira de ser, cativou seus semelhantes e teve uma legião de amigos. Pela sua simpatia, angariou a amizade de pessoas de todas as idades. Respeitoso, sempre foi muito respeitado. Bondoso, fez sua bondade render-lhe sempre admiração. Bom exemplo a ser seguido, deixou aos que fica a imagem de um ser tranqüilo e sereno, equilibrado e amável.

       Infelizmente, seu momento derradeiro chegou e ele nos privou de sua companhia.

       Mas, que bom podermos dizer que ele não foi uma branca folha de papel. Foi, por outro lado, uma página da história ourense e capinzalense marcada por ações concretizadas e qualificada por adjetivos que só cabem aos grandes homens.   

     O Sr. Viriato foi grande em sua simplicidade, dignidade e amizade. Foi grande em sua singela bondade.

       Por isso, é grande nossa saudade...

      Seus amigos.

      Ouro, maio de 2004.

 

 

Viriato Almeida de Souza

* 13/10/1922

+ 17/05/2004

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