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Toxinas de algas (cianobactérias): riscos à saúde.

Eutrofização

Eutrofização - o resultado das inúmeras descargas de água contaminada, poluída, com alta concentração de Nitrogênio e Fósforo, é um processo acelerado de eutrofização cultural (ou seja, produzida pelas atividades humanas). Eutrofização acelera o aumento de matéria orgânica nos sistemas, produz concentrações indesejáveis de fitoplâncton (com predominância de Cianofíceas), e macrófitas aquáticas (geralmente Eichornia crassipes e Pistia stratioides) e promovem um aumento de doenças de veiculação hídrica. O desenvolvimento das atividades humanas nas bacias hidrográficas tem aumentado as funções de transferências de sistemas terrestres para sistemas aquáticos, e acelerado os coeficientes de exportação. Perdas de solo, podem atingir 20 toneladas/hec/ano. Acúmulo de Fósforo no sedimento é comum.

A ocorrência de florações de algas em reservatórios utilizados para abastecimento público, tem sido muito freqüente nestes últimos 20 anos, em todo o mundo. Isso se da graças a eutrofização dos ambientes aquáticos.

O crescimento excessivo de algas em reservatórios brasileiros (rios e represas) é uma realidade e tem prejudicado os usos múltiplos das águas. Algumas cepas de algas, em especial as do grupo cianofíceas ou cianobactérias, podem produzir toxinas altamente potentes (hepatoxinas e neurotoxinas) promotoras de tumores e podem também produzir metabólitos que causam gosto e odor, alterando as características organolépticas das águas (gosto e odor indesejáveis).

O tratamento convencional de água não elimina as toxinas, é preciso processos mais avançados de purificação, muitas vezes o tratamento convencional dependendo da concentração de cianobactérias só piora a situação, pois esses organismos liberam as toxinas mais facilmente, quando suas células são ?rompidas?, ou seja, com a morte da cianobactéria ou alga azul.

Existem inúmeros trabalhos publicados que relatam mortandades de animais domésticos e selvagens, inclusive intoxicação humana, devido ao consumo de águas contendo algas tóxicas e/ou toxinas liberadas pelas florações. A presença de toxinas de cianobactérias, em águas para consumo humano implica em sérios riscos à saúde pública e por isso é importante o monitoramento ambiental da densidade algácea e dos níveis de cianotoxinas nas águas.

A problemática de algas tóxicas no Brasil ficou mais conhecida, após o incidente comprovado de intoxicação humana causada por cianotoxinas, fato ocorrido em 1996, em uma clínica de hemodiálise de Caruaru - Pernambuco, onde ocorreu a morte de cerca de 60 pacientes intoxicados com hepatotoxinas presentes na água utilizada na hemodiálise. Com o intuito de prevenir e controlar a presença de cianotoxinas na água distribuída, na última revisão da Portaria 36, do Ministério da Saúde, também com a portaria n° 1469 e agora com a atual e revisada n°518 de 25 de março de 2004 foram estabelecidos limites máximos permissíveis de cianotoxinas nas águas para potabilidade.

Não havendo outra solução para o problema se não o controle do manancial, ou seja, monitorar os despejos e tomar providencias cabíveis para amenizar impedir a floração, pois ao se instalarem em um ambiente aquático nada mais se pode fazer a não ser inutilizar esse recurso como abastecimento de água, devido ao risco eminente a saúde da população.

                                                                               Luiz Carlos Golin

                                                                                  Marcelo Lago

Acadêmicos de tecnologia em saneamento ambiental

UNOESC - Videira

 

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