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SÃO TANTAS HISTÓRIAS... SÃO TANTAS LEITURAS!

  • - Evani Marichen Lamb Riffel (Pedagoga e Psicopedagoga).

'Entre comer e saber comer, a diferença é apreciável...'

Leitor(a), como seleciona, cogita, privilegia, enreda, enaltece, prioriza, suas leituras?

    "O aperitivo, sinfonia de cristais, a toalha, cenário de linho, a entrada, dança de olhos - farfalhar de pernas, o prato principal, pantomina de línguas- sussurro de talheres, a sobremesa, entremeio de aromas, o café, teia de sensações, o licor, arremate do sabor." (Maria do Rosário M. Magnani- fragmentos)

      Este breve indagar leitor é texto pretexto para garimpar gostos a banquetes literários, de amostra leitora em formação: do leitor autônomo, com liberdade de escolhas, gosto ao deguste literário, com inferências leitoras, subsídios que traz consigo.

-Traz de onde?...

      ...A Leitura, aprender a ler, é processo, formar leitor tem disciplina, tem formação ensinada, aprendida na escola, para posterior autonomia e liberdade leitora...

      Conto de agora...

A DANÇA DOS LIVROS

      Aquele era um dia especial na biblioteca. Os livros vestiram-se em traje de gala, clima festivo, e a música aguardada era a Nona Sinfonia de Beethoven, predecessora da música romântica, encantamento pleno, celestial, a apreço da abertura da dança da Literatura, em indiscreto farfalhar de livros.

      Desceram das altas estantes da Biblioteca pública, majestosa, imponente aos olhos que ainda não liam este ou aquele autor, este ou aquele clássico infantil ou juvenil.

      Tinha livros para todos os gostos, adequados a todo leitor  com chapéu de formatura, ou não, os livros bailavam de mão em mão. Porém desta festa nunca se soube quem foram os bons entendedores, os enlevados pela leitura, os mal informados, ou os deleitados pela soberba refeição literária que se fez encanto, refeição intelectual, fomento para o deslizar da realidade, emergir em outros mundos, outros, tempos, outros espaços... Enfim deleite para a alma!

      A lua prateada invadia o umbral majestoso da Biblioteca, enquanto elegantes cavalheiros lançavam mão de capotes, cartolas, bengalas em lustro verniz. As damas acompanhantes com vestidos de gala, beleza agraciada em  joias, nos dedos anéis de diamantes, colares deslumbrantes, a delicar o brinco, um minúsculo brilhante.

      Terminou iluminada pelas estrelas belas, pela lua a espiar, já na rua da noite uma festa do século passado. Seus personagens partiram mas os livros ficaram. São clássicos que perpassam gerações e encantam leitores.

      São tantas histórias.

              São tantas leituras...

 

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