Uma das grandes questões da existência é a perca da noção do tempo! Na dimensão da sociedade industrial e de cunho capitalista e consumista onde estamos inseridos, somos impulsionados a ter ações de robô, pois a energia da rapidez é gigantesca; vivemos envolto a tremenda movimentação onde a correria nunca tem trégua. Nesta loucura desenfreada, cotidianamente acabamos convivendo com a proporção de falta de tempo, bem como a sensação de não conseguir realizar todas as tarefas, assim vamos vendo passar o dia, a semana, o mês, o semestre e o ano.

         Toda essa investida na busca de melhorar o ‘conforto e bem estar existencial’, poderá conduzir a perder a simplicidade e a essência do viver! Neste contexto, será somente o ‘tempo’ o culpado? Ou seria o próprio ser humano procrastinando a sua própria felicidade em detrimento a essa busca exagerada dos meros e efêmeros bens materiais?

Quantas vezes lemos ou ouvimos falar que viver é uma arte e, cada dia precisa ser analisado e vivido de forma como se fosse o único da existência! Portanto, se o tempo passa e voa, será necessário refletir a respeito da longevidade pretendida, esse deve ser um quesito importantíssimo, jamais deveria ser esquecido!

Antemão vamos esclarecer: não imagine ser dinheiro, materialidade ou qualquer outro tipo de ‘segurança exterior’ que fará o tempo ser ocupado de maneira exemplar, sobretudo na busca da plena felicidade. Obviamente, sem o trabalho, remuneração e todas as artimanhas diárias impulsionadas pela busca do sagrado sustento, tornam-se condições para contribuir na obtenção da vida prazerosa e com as suas facilidades; entretanto, jamais atribua exclusivamente a dimensão material o fundamento de sua existência.

Não tenho fórmula mágica e nem receituário para obter a plena felicidade. Cada um deve buscar, do seu modo, a razão para preencher o vazio do fundo da alma. Na maior parte das vezes são os pequenos atos e gestos diários, bem como a contemplação das maravilhas criadas pelo Pai Celestial que irá se tornar em atrativos impulsionadores de grandes reflexões para despertar o quanto é profunda a nossa existência, seja neste mundo, como na outra dimensão que é a espiritual.

Portanto, o tempo passa e voa, mas, quem conduz esse tempo somos nós, seres humanos que além de racionais, também deveríamos nos apegar a espiritualidade para nos guiar e saber aproveitar cada instante na contribuição de vivermos em um mundo melhor.

Infelizmente, ainda convivemos com nefastas e abomináveis criaturas que usam da maior parte do tempo de sua existência para dinamizar maldade, ódio, ressentimento, rancor, mágoa, guerra e tantos outros adjetivos que apenas fazem a humanidade deixar de evoluir.

Em pleno século XXI, depois de tantas tragédias, ainda a humanidade não compreendeu o quanto é importante ser mais evoluída, onde as pessoas deveriam procurar conceber as suas relações com base no respeito e no amor recíproco e sincero; somente por este caminho, conseguiríamos ter mais paz e harmonia no plano terreno.