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O mundo que eu quis

Valmir Antonio Tides.

     Não, não é esta a natureza que eu quis.

     Que tomba indefesa, perdendo a beleza, trazendo a beleza na terra que eu quis.

     Não, não é esta a terra que eu quis. Desfeita em pedaços por grandes ricaços; por mãos criminosas do homem que eu fiz.

     Não, não é este o homem que eu quis; que vive oprimido, que anda perdido; que cai abatido no mundo que eu fiz.

     Será que eu falei? Digam-me vocês! Será que eu pus muita água no meu mar? Será que é o calor do meu sol a queimar? Se caso é assim, perdão, eu errei!

      Agora eu lhe digo, o mundo que eu quis:

      As estrelas não brilham; o sol não se afasta, o mar não alarga, a terá que eu quis.

      Sem ódio, sem guerra, sem tanta injustiça, que fere minha filha, o homem que eu fiz.

      Agora eu lhe digo, o homem que eu quis:

      Um mundo liberto, fraterno e aberto, fazendo da vida um conto feliz.

      Será que eu falhei por ser bom demais?

      Será que o amor, a justiça e a paz não valem maias nada no mundo que é meu?

      Se o caso é assim, perdão, eu errei!

 

      Mensagem feita por pelo detento da  Cadeia Pública de Capinzal:  cidadão Valmir Antonio Tides.   

 

 

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