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Meio Ambiente Urbano - Resíduo...Esgoto

Luiz Carlos Golin Marcelo Lago

Os 5.561 municípios brasileiros são marcados  por enormes desigualdades nos padrões de qualidade de vida, inclusão social e cidadania. Isso decorre de um modelo de desenvolvimento que gerou, ao longo dos tempos, grandes distancias socioeconômicas entre estados e regiões.

Os centros regionais e as metrópoles concentram as oportunidades econômicas e de desenvolvimento humano, enquanto isso, municípios com menos de 20 mil habitantes convivem com o esvaziamento econômico e demográfico. Dessa forma, alimentam os fluxos migratórios para os centros regionais e metrópoles.

A ausência de políticas que abranjam as áreas metropolitanas torna mais difícil equacionar os graves problemas de controle de enchentes, poluição, destinação final de resíduos, proteção dos mananciais e ocupação de áreas de risco. Por outro lado, os planos diretores, quando existem, só dialogam com a cidade formal, dessa forma, reproduzem e ampliam a informalidade.

As sociedades modernas são grandes produtoras de resíduos. Há relação direta entre esses e a produção e o consumo de bens e serviços. De indústrias, agroindústrias, hospitais, transportes e domicílios escapam emissões gasosas e líquidos poluentes. Essas mesmas atividades produzem grandes volumes de resíduos sólidos, na forma de plásticos metais, papéis, vidros, alimentos e objetos descartados.

 Em 64% dos municípios brasileiros os resíduos sólidos são depositados em lixões a céu aberto. A degradação do lixo doméstico permite a proliferação de moscas, ratos e outros vetores de doenças. Produz odores, contamina solos e aqüíferos, além de esgotar o oxigênio dos rios e lagoas, matando peixes e algas. As embalagens de plástico e de metal podem entupir esgotos e bueiros, causando enchentes. Cerca de 16 milhões de pessoas não são atendidas pelos serviços domiciliares de coleta de lixo nas cidades.

            Compostos orgânicos, como os organoclorados, e inorgânicos, como metais pesados (chumbo, mercúrio), chamados resíduos tóxicos, provocam doenças e não se degradam na natureza. Os resíduos produzidos por hospitais e laboratórios clínicos constituem riscos pelo potencial de transmissão de doenças infectocontagiosas.

            Cerca de 20% da população brasileira não são atendidos por abastecimento de água, 57% não tem seus esgotos ligados a rede publica e 80% não dispõem de tratamento de esgotos. As pessoas que não contam com esgotamento sanitário adequado são, em geral, aquelas que moram em habitações precárias em favelas, ocupações de terra, loteamentos irregulares e bairros populares. Na conta da falta de saneamento ambiental deve ser incluído o custo de despoluição de rios e bacias. Cada real investido em saneamento básico propicia a economia de cinco reais em atendimento médico.

 

Luiz Carlos Golin

Marcelo Lago

Acadêmicos de tecnologia em saneamento ambiental

UNOESC - Videira

 

 

 

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