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MEDO

Adriana Zílio ? Psicóloga

(Pânico e fobias têm sido uma constante na clínica. E as formas mais eficientes de lidar com o problema sugerem uma interação entre medicamentos e psicoterapia)

 

 

 

                                    Indivíduos acuados pelo medo costumam ter dificuldade para lidar com a ansiedade, por isso mesmo buscam ser atendidas imediatamente em suas aflições e procuram, equivocadamente, ser preenchidas por algo fora delas mesmas. A inabilidade em assumir a responsabilidade pela própria vida também pode estar presente. Em geral são pessoas com pouco contato com seu interno.

 

                                    O caminho que leva a essa sintomatologia começa com a dificuldade dos pais em assumir sua função parental, auxiliando os filhos a lidar com a ansiedade e ganhar autonomia. A necessária separação entre pais e filhos à princípio seria algo natural, mas nem todos os pais estão sabendo proporcioná-la. Se essa função é bem feita, a criança ganha autonomia, descobre seus recursos pessoais e aprende a fazer uso deles para superar conflitos e obstáculos. Mas, se o processo de desenvolvimento está prejudicado nos pais, também ficará prejudicado nos filhos. E muitos deles, por não saber lidar com esse sentimento, tratam de negar a ansiedade. Impedem os filhos de aprender a conquistar, ao fazer tudo por eles, atendendo a todos os seus pedidos, não os deixando passar por nenhum tipo de vontade nem os deixando esperar pela satisfação de seus desejos. Como a criança não aprende a lidar com contrariedades, só consegue reagir com desamparo diante de qualquer conflito. Na vida adulta continuará achando que alguém sempre vai aparecer para resolver seus problemas. São essas pessoas que querem que o outro faça tudo do jeito delas.

 

                                    Medos não são só sintomas ou uma patologia. Eles revelam dinâmicas muito profundas do ser humano.

 

                                    O tratamento combinado é a melhor opção, mas, às vezes, há barreiras muito difíceis de quebrar, porque são pessoas que não acreditam no seu mundo interno. A boa notícia é que, embora o medo exagerado seja de fato uma angústia brutal, o problema, em termos psiquiátricos, não é dos mais graves. Numa psicoterapia, a primeira tentativa é encontrar sua raiz. São várias as possibilidades: lutos mal elaborados, abandonos infantis, dependência exagerada de alguém de quem se separou, transtornos ligados à sexualidade, dificuldade em lidar com a própria sexualidade ou com a homossexualidade estão entre as principais.

 

Mas o medo é sempre um modo de reagir diante de um conflito.

 

 

ADRIANA ZILIO ? PSICÓLOGA  CRP 12/03086

Rua Narciso Barison, 55  1ºandar  Capinzal/SC

Fone: 9975 9966

Atendimento: Segunda a Quarta

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