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Jovem de Santa Catarina é selecionado para rede global de empreendedores sociais

Vitor nasceu em Atalanta e criou junto com seus amigos o projeto ambiental Plantando o Futuro

Um jovem de 17 anos nascido e criado na cidade de Atalanta, em Santa Catarina, foi selecionado para fazer parte da rede global de empreendedores sociais da Ashoka, considerada uma das cinco ONGs de maior impacto social do mundo, presente em 92 países. A instituição realizou no país pela primeira vez o painel Jovens Empreendedores Ashoka (JTA), que identificou diferentes iniciativas inovadores que fazem a diferença nas comunidades em que foram criadas. A partir do ingresso na rede global, os empreendedores podem trocar experiências com várias outras pessoas ao redor do globo para ampliar o alcance de suas ações. A ONG tem entre seus líderes nomes importantes considerados "changemakers", como Muhammad Yunus (Prêmio Nobel da Paz de 2006) e Kailash Satyarthi, que dividiu com a paquistanesa Malala Yousafzay o prêmio Nobel da Paz de 2014. No Brasil desde 1986, a Ashoka teve como um de seus primeiros empreendedores sociais a figura de Chico Mendes, em 1988. No mundo, sua atuação vem desde 1980, quando foi fundada pelo norte-americano Bill Drayton, na Índia.

O jovem em questão é Vitor Lauro Zanellato, que criou em parceria com os seus amigos e com uma ONG local o projeto "Plantando o Futuro". A ideia surgiu a partir da constatação que a maioria dos produtores rurais da região não tinha consciência da importância de preservar as áreas de proteção dentro de suas propriedades. Para resolver este problema, Vitor identificou que a melhor maneira de transmitir essa mensagem ambiental era por das escolas onde estudavam os filhos dos produtores. Desde então, o projeto Plantando o Futuro já realizou mais de 30 ações teóricas, entre palestras, concursos de fotografias, e ações práticas como o plantio de árvores, visita a áreas que foram recuperadas, conferências sobre o uso da água e manutenção de áreas públicas com jardins e árvores. O resultado é expressivo: mais de 1000 mudas já foram plantadas através do Plantando o Futuro e mais de 10 áreas públicas já foram recuperadas.

A Ashoka consegue, por meio do JTA, identificar quais as transformações promovidas por esses jovens em suas realidades locais por meio de projetos que impactam diretamente na vida das pessoas em qualquer comunidade. Para a líder de Juventude da Ashoka na América Latina, Helena Singer, o evento possibilita contar as histórias revolucionárias de jovens brasileiros. "Nós coletamos as histórias desses jovens transformadores para mostrar aos outros jovens e também aos adultos como somos todos capazes de criar mudanças sociais. Isso destaca a nova estrutura do século XXI, em que cada pessoa é capaz de promover mudanças positivas, desde que tenha empatia, criatividade, capacidade de trabalho em equipe e novos formatos de lideranças", afirma Helena.

O objetivo da ONG é liderar ações que criem um mundo onde todos se reconheçam como agentes de transformação positiva na sociedade. No Brasil desde 1986, a Ashoka teve como um de seus primeiros empreendedores sociais a figura de Chico Mendes, em 1988. No mundo, sua atuação vem desde 1980, quando foi fundada pelo norte-americano Bill Drayton, na Índia.

Ao todo, já foram reconhecidos mais de 3.500 empreendedores sociais, 376 deles somente no Brasil, além de 300 Escolas Transformadoras, sendo 21 no país.

Para o fundador da Ashoka, Bill Drayton, estamos vivendo um momento histórico de mudanças constantes que intensificam uma nova desigualdade. Configurada por uma quantidade expressiva de pessoas que não conseguem acompanhar e se adaptar ao ritmo acelerado de transformações às quais a sociedade está submetida, esta nova desigualdade social já é uma realidade no mundo e necessita ser combatida. "Vivemos hoje em um mundo de constante mudança, então buscamos construir uma comunidade de líderes que se tornem agentes desse processo. Por meio desta colaboração, buscamos transformar instituições e culturas para que elas apoiem a transformação para o bem da sociedade", enfatiza.

Ao todo, 10 jovens brasileiros foram avaliados num painel que contou com a presença de empreendedoras/es da rede da Ashoka Brasil, e membros internacionais da organização na Índia, Estados Unidos e Argentina.

"O trabalho da Ashoka visa cocriar uma sociedade na qual todas as crianças desenvolvam sua empatia desde os primeiros anos de vida; todo jovem se reconheça como agente de transformação; as equipes sejam colaborativas e empáticas nos diferentes tipos de instituições. A Ashoka acredita que esses são alicerces para os fundamentos de uma sociedade na qual as pessoas tenham a oportunidade de serem protagonistas de sua história e das mudanças necessárias para um mundo mais justo para todas e para todos", completa Helena. 

 

Reinaldo Di Giacomo Adri 

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