Evento promovido pela Fiesc ocorreu nesta quarta-feira (12) no SESI, reunindo empresas e indústrias que ainda não exportam e que querem ampliar as vendas ao exterior.

Ampliar vendas e ingressar no mercado internacional foram a pauta do encontro que reuniu empresas e indústrias de pequeno e médio portes da região Centro Oeste em Joaçaba nesta quarta-feira (12). Empresários, indústriários, prefeitos, representantes de sindicatos e demais participantes tiveram a oportunidade de conhecer os caminhos e debater os desafios na área.

O encontro, "Diálogo Empresarial", promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), teve a participação da presidente da câmara setorial da entidade, Maria Teresa Bustamante que apresentou dados e despertou o interesse das empresas e indústrias participantes com a realização de diagnóstico que avalia o grau de maturidade em que se encontram em relação à internacionalização. De acordo com ela a partir daí, é possível estabelecer um plano de ação para apoiar a implementação de estratégias na área.

Além de Joaçaba, Lages e Concórdia receberam os encontros e Caçador recebe nesta quinta-feira (13).

Maria Teresa destaca que o encontro é uma oportunidade de troca de experiências sobre o tema, discutir os desafios enfrentados pelos empresários e de apresentar detalhes do programa da FIESC para apoiar a indústria na implementação do seu plano de internacionalização. "Este programa foi pensado durante oito meses com os melhores membros das casas da Fiesc para despertar o pensamento estratégico, compartilhar os caminhos para a internacionalização com objetivo de maiores lucros, alianças estratégias, uso de novas tecnologias e a competitividade".

Além de benefícios fiscais o uso de políticas públicas foi destacado por Maria Tereza, pontuando que existem 67 programas grauitos e online para que empresários possam participar em instituições e organizações. "Há ferramentas que envolvem benefícios fiscais, como o Drawback, por exemplo, que são desconhecidas. Se o diagnóstico mostrar que a empresa precisa avançar em contratos internacionais, vamos qualificá-la para que ela domine isso", explicou.

A iniciativa foi lançada pela FIESC em dezembro de 2018, com o objetivo de tornar as indústrias mais competitivas e prepará-las para as diversas possibilidades que o mercado internacional oferece, seja exportação, importação ou alianças para fazer frente aos concorrentes internacionais presentes no Brasil e no exterior. Atualmente, 2,5 mil empresas catarinenses exportam, sendo que 1,4 mil delas são micro e pequenas. Estas, entretanto, respondem por apenas 2,5% do total (dados de 2018). 

Para Rosane Kunen, Gerente Executiva da Regional Centro Oeste - SESI e SENAI, o tema é relevante e auxilia e influencia os empresários e industriários a buscarem as casas da Fiesc durante o processo. "Instigar as empresas a buscar opções e oportunidades em novos mercados compõe a missão das nossas casas".

De acordo com o vice-presidente regional da Fiesc na região Centro Oeste, Marcio Luís Dalla Lana diversos participantes do encontro influenciam e buscavam essa oportunidade. "Muitas empresas desconheciam os benefícios e os caminhos apresentados, são aptas a se inserir em cadeias globais de fornecimento, e há boa oferta de programas gratuitos de apoio à internacionalização. A Federação está oferecendo ferramentas para que as empresas se tornem cada vez mais competitivas e preparadas para enfrentar o concorrente externo, seja em nosso país ou no exterior, completa.

Dados do Observatório Fiesc apontam que a Região Centro Oeste, de janeiro a maio deste ano fez operações de exportação que ultrapassa os U$ 25 milhões, entre os principais produtos estão o papel, madeira e carne suína. Já as importações somam cerca de U$ 14 milhões e entre os principais produtos estão componentes para máquinas e motores, trigo, papel revestido de caulim, produtos laminados de aço inoxidável e máquinas de ordenhar.

 Paula Patussi