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Evento vai reunir fruticultores do Sul do Brasil em Chapecó

Epagri pesquisa em Chapecó produção de citro nanicos, que apresentam maior quantidade de frutos por metro cúbico da copa. Divulgação Epagri

Foto: Divulgação / Epagri

Fruticultores, estudantes e técnicos de todo o Sul do Brasil estarão reunidos em Chapecó nos dias 29 e 30 de maio para o 2º FRUSUL - Simpósio de Fruticultura da Região Sul. O evento, realizado pela Epagri e outras instituições, tem como público-alvo pesquisadores, estudantes, agricultores e participantes da cadeia de produção de frutas, que vão em busca de aprimoramento e atualização de conhecimentos.

A programação é composta por palestras e apresentação de trabalhos científicos. Entre os temas a serem debatidos estão mercado de frutas, rastreabilidade de vegetais, cobertura vegetal e manejo integral de pragas.

Citros nanicos

Os citros também estão em discussão no evento. Nessa área, Epagri vem desenvolvendo em Chapecó um trabalho com porta-enxertos nanicantes. Eduardo Brugnara, pesquisador do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar da Epagri (Epagri/Cepaf) explica que a colheita dos pomares de citros exige em média 27 dias/homem por hectare após o décimo ano.

"Nos pomares adultos, o custo é maior em função da quantidade de produto a colher, mas também do porte alto das plantas, que leva ao uso de escadas. Uma alternativa que vem sendo testada e aplicada para reduzir o tamanho das plantas cítricas são os porta-enxertos nanicantes", descreve o pesquisador.

A necessidade de mão de obra, principalmente para poda, raleio e colheita, foi um dos problemas que causou a redução de área plantada com citros no Estado. Em 1990, no auge da cultura em Santa Catarina, a área plantada se aproximava de 10 mil hectares, 70% no Oeste. Na safra 2012/13 esse espaço estava reduzido a 1,8 mil hectares.

O pesquisador da Epagri/Cepaf destaca ainda outras vantagens dos nanicos. "As plantas cítricas nanicas apresentam maior produção de frutos por metro cúbico da copa e permitem elevadas densidades de plantio. Também facilitam a inspeção e manejo de pragas e doenças, e aumentam a segurança na colheita".

Dados da fruticultura

Em Santa Catarina, as principais lavouras permanentes de frutas representaram mais de 55 mil hectares de área colhida, com 14 mil produtores. Na safra 2017/18 o total produzido chegou a 1,5 milhão de toneladas, com valor bruto da produção (VBP) estimado em mais de R$ 1,14 bilhões.

Em 2017, a bananicultura, com 28 mil hectares de área colhida, produziu 732,2 mil toneladas da fruta, aumento de 1% para caturra e queda de 10% para a prata em relação à 2016. Para 2018, a produção foi estimada em 716,7 mil toneladas, com redução de 1,7% e produtividade média de 25,3 mil quilos por hectare.

Já a safra de maçã 2017/18 foi de 574,6 mil toneladas, diminuição de 9% na produção e de 1% na área colhida em relação ao ciclo agrícola anterior. Para a safra 2018/19, a produção está sendo estimada em 577,6 mil toneladas, um aumento de 1,3%.

A produção de uvas comuns, viníferas e de mesa foi de 46,7 mil toneladas em 2017/18, com produtividade média de 14,2 mil quilos por hectare. Esse total representa crescimento de 1% na área colhida e de 3% na produção de uva comum. Por outro lado, a uva vinífera apresentou redução de 17% na área e 40% na quantidade produzida.

A citricultura (laranja, tangerina e limão) enfrentou redução de 13% na área colhida e de 3% na produção na safra 2017/18 em comparação com o mesmo período anterior. O total produzido foi de 27 mil toneladas, com produtividade média de 15,2 mil quilos por hectare.

A safra do maracujá, que se encerra em junho, está em estimativa de aumento de produção na safra 2018/19, com manutenção das áreas plantadas. A situação é diferente da safra 2017/18, quando houve queda de 33% na produção em relação ao ciclo anterior.

 

 

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