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Dia dos pais: herói da modernidade

  • - André Bianchi e as filhas Alice e Luiza

André Bianchi

No celular, uma infinidade de fotos das duas filhas - Alice, 5 anos e Luiza, 2 anos; recados da escola que chegam via Whatsapp; convites virtuais para a festa de aniversário das coleguinhas e uma série de áudios e vídeos relacionados às duas pequenas. Isso tudo faz parte da rotina de André Bianchi, empresário, que carrega com ele o perfil de pai cada vez mais presente na atualidade: moderno e tecnológico.

A cada dia, as mudanças culturais no papel de pai estão mais evidentes na sociedade. Seja na forma de educar os filhos ou na forma de colaborar na criação e no cuidado. Afinal, você já deve ter ouvido a expressão "Pai não ajuda. Exerce a paternidade". Aliado às inovações tecnológicas, tem ainda a correria diária e agenda sempre ocupada com os compromissos profissionais.

Mesmo com essa rotina preenchida de trabalho e outros afazeres, André procura passar o máximo de tempo com as meninas e, por isso, ele e a esposa, Tatiana Bianchi, colaboradora da Unimed Chapecó, precisaram reorganizar a vida diária. Além de participar ativamente da rotina escolar das duas, as levando para a escola, André ainda faz questão de estar presente no final do dia quando, segundo ele, elas ainda estão cheias de novidades e assuntos para contar. "Elas chegam da escola cheias de energia e temos que fazer um esforço conjunto para banho, jantar, escovação de dentes, tarefas da escola, troca de fraldas..."relata.

Frente a realidade de mudanças a qual está exposta essa nova geração, o empresário comenta que o maior desafio é estimular a evolução das crianças perante a um cenário cada vez mais presente de imediatismo e excesso de informações. Segundo ele, é saber conceder e também negar quando necessário para que saibam compreender e enfrentar com inteligência as demais relações sociais que terão ao longo da vida.

"Pai tem que ser exemplo, compartilhar valores e inspirar comportamentos. A família é a primeira referência em tudo e a formação da personalidade passa diretamente pela relação entre os pais e desses com os filhos. O pai é tão importante quanto a mãe, foi-se o tempo que o pai era o provedor e a mãe a cuidadora", comenta.

O pai da atualidade

A Psicologia defende que "ser pai é muito mais do que ajudar a mãe, é colaborar na estruturação superegóica dos filhos". A definição está presente no artigo "O lugar do pai no desenvolvimento psíquico da criança: o olhar da psicanálise", da psicóloga do setor de Medicina Preventiva da Unimed Chapecó, Deisy Parnof. Sobre o conceito de pai da atualidade, o trabalho apresenta a mudança de paradigma no conceito paterno.

No parágrafo intitulado "O pai do século XXI", Deisy comenta sobre o papel do pai nos séculos anteriores, que tinha a função de prover financeiramente a família e a mãe se responsabilizava pelos cuidados da casa e dos filhos. "Porém, vivenciamos significativas mudanças na função de pai e novas atribuições no desempenho das funções maternas e paternas e modelos familiares distintos, que afetou a autoridade patriarcal e a divisão de papeis familiares, ocorrendo modificações nas relações entre o casal e entre pais e filhos", cita Deisy no artigo.

André comenta sobre a formação familiar que teve, mencionada pela psicóloga no artigo, e que o levou a ter um olhar mais conservador. Por outro lado, de acordo com ele, atualmente se considera um pai em evolução. "Mesmo não aprovando alguns comportamentos e atitudes que estão mais evidentes nos últimos tempos, respeito e entendo que há espaço para todos se expressarem. Procuro fazer com que elas entendam que as pessoas são diferentes e que todas podem conviver em harmonia nos diferentes círculos sociais", pondera ele.

A paternidade deu um novo sentido à maneira como André encara a vida o que o tornou mais evolucionário: buscando ensinar e aprender todos os dias com as duas filhas. "Procuro significar cada palavra que elas ainda não conhecem, valorizar os carinhos e abraços, desejos de bom trabalho, ante aos choros e pedido para ficar um pouco mais com elas em casa".

Quando questionado se considera-se um pai tecnológico, André menciona que apesar de todos os meios de comunicação disponíveis atualmente, receber uma ligação de uma das meninas em meio a um dia complicado de trabalho é revigorante e faz tudo parecer facilmente suportável. Comenta também sobre as palavras, expressões e fatos que Alice aprendeu em alguns desenhos animados e como esses contribuíram para alfabetização, ampliação do vocabulário e ótima concordância verbal que ela possui.

Conclui ao comentar sobre as músicas escolhidas em um certo aplicativo e repetidas até que ele diga "chega", mas que ensinam várias palavras em outras línguas e desperta a curiosidade pelo significado de ambas. "Acho que sim, podemos colocar um selo de tecnológico nesse pai", finaliza ele.

Texto: Andressa Recchia/Unimed Chapecó

 

MARCOS A. BEDIN

Registro de jornalista profissional MTE SC-00085-JP

Matrícula SJPSC 0172

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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